O Supremo Tribunal Federal (STF) terá um novo ministro. Com 47 votos a favor e 32 contra, o Plenário do Senado confirmou maioria para aprovar o nome de André Mendonça a um cargo na Corte. Nesta quarta-feira (1º/12), o ex-advogado-geral da União foi sabatinado pela Comissão de Constituição e Justiça da Casa.
A votação ocorreu depois de mais de oito horas de sabatina na CCJ, na qual o ex-ministro da Justiça fez acenos à classe política e defendeu o Estado laico, mas se distanciou de decisões e falas controversas do presidente Jair Bolsonaro (PL).
A sabatina de Mendonça teve início na manhã desta quarta. A senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) foi a relatora do processo. Ela foi a primeira mulher a relatar uma indicação ao STF. O ex-AGU iniciou o trâmite exaltando sua história no direito e citando sua religião. Pastor presbiteriano licenciado e servidor público federal concursado, ele ficou conhecido como a indicação do “ministro terrivelmente evangélico” de Bolsonaro.
Na sessão da CCJ, Mendonça foi questionado sobre liberdade de imprensa, compromisso com a Constituição, atuação durante o governo Bolsonaro, religião, marco temporal, democracia, casamento homoafetivo, dentre outros. Um dos principais pontos de discussão da sabatina foi a religião do advogado, que é pastor presbiteriano. Ele foi qualificado como “terrivelmente evangélico” por Jair Bolsonaro em uma solenidade na Câmara dos Deputados em 2019, um qualificativo utilizado pelo presidente.