Reforçando suas divergências contra o atual governo para despontar como candidato à Presidência em 2022, o ex-juiz Sergio Moro (Podemos-PR) defendeu, nesta quarta-feira (1º), a obrigatoriedade do comprovante de vacinação contra a covid-19 para ingressar no Brasil. Na avaliação de Moro, "a postura antivacina do presidente já foi longe demais".
"Para não comprometer ainda mais a saúde e a economia do Brasil, é preciso exigir vacinação de quem ingressa no país", declarou Moro, em publicação no Twitter nesta manhã. "Volto a dizer: com mais de 615 mil mortes, a postura antivacina do presidente já foi longe demais. Estamos falando de vidas humanas", seguiu.
A declaração de Moro ocorre após a reunião entre representantes do governo e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), na noite de terça-feira (30), para discutir um eventual aperto nas fronteiras aéreas do País em razão da variante Ômicron do coronavírus terminar sem resolução. Conforme mostrou o Broadcast Político, o encontro aconteceu no Palácio do Planalto e reuniu o diretor da Anvisa Alex Campos com os secretários-executivos dos Ministérios da Saúde, Casa Civil, Justiça e Infraestrutura. Os ministros não participaram.
Na saída da reunião, Campos limitou-se a dizer a jornalistas que não houve decisão e que aguarda a convocação de uma nova rodada de conversa pela Casa Civil.
A agência reguladora emitiu notas técnicas e tem ampliado pressão para a adoção do comprovante de vacinação no País, tanto nas fronteiras terrestres quanto aéreas. Com a transmissão da nova cepa, na sexta-feira (26), o ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, seguiu recomendação da Anvisa e anunciou restrição de voos e passageiros vindos da África do Sul, Botsuana, Eswatini, Lesoto, Namíbia e Zimbábue.
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