O MDB lança no próximo dia 8 a pré-candidatura da senadora Simone Tebet (MS) à corrida presidencial de 2022. A parlamentar, que conta com o apoio do presidente do partido, o deputado Baleia Rossi (SP), ganhou destaque por conta da atuação que teve na CPI da Covid. Foi ela que conseguiu que o deputado Luís Miranda (DEM-DF) acusasse o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), de estar por trás do suposto esquema de compra da vacina indiana Covaxin pelo Ministério da Saúde — apesar de o fármaco não ter a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária. A pasta desembolsaria R$ 1,6 bilhão no negócio.
Tebet está terminando o mandato de senadora — assumiu em 2015. Há, porém, a possibilidade de ela tentar o governo do Mato Grosso do Sul ou disputar a única vaga ao Senado que estará disponível no próximo ano. Mas, caso decida tentar a permanência na Casa, terá pelo menos dois adversários de peso: o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta — pré-candidato à Presidência pelo DEM — e a ministra da Agricultura Tereza Cristina.
A última vez que o MDB (então PMDB) teve um candidato à Presidência foi em 1994, com o ex-governador de São Paulo Orestes Quércia. Em 2010, assumiu a vice na chapa de Dilma Rousseff e, em 2016, devido ao impeachment da ex-presidente, chegou ao Planalto com Michel Temer.
A senadora, porém, é um nome cobiçado por outras candidaturas. Assim que foi confirmado o nome do PSDB para a corrida presidencial, o governador de São Paulo, João Doria, manifestou o desejo de ter Tebet como companheira de chapa. "Mulher séria e competente", elogiou.