O futuro candidato à Presidência do Podemos, Sergio Moro, realizou discurso de abertura na filiação do general Santos Cruz à legenda, em evento ocorrido nesta quinta-feira (25/11), em um hotel na Asa Sul, em Brasília. Em sua saudação ao novo quadro do partido, Moro falou que apesar de estar há pouco tempo na política, aprendeu uma lição.
"Já aprendi que na política é muito mais ouvir do que falar. Tem que falar, sim, mas muito mais ouvir e aprender. Os senhores e as senhoras têm muito mais experiência no campo político e digo isso com muita humildade", disse Moro aos presentes na filiação e direcionando comentários à presidente da legenda, deputada federal Renata Abreu (SP) e ao senador Álvaro Dias (PR).
Moro disse também que possui projetos em um eventual governo comandado por ele e afirmou que chamar o ex-ministro da Secretaria de Governo para o Podemos é o resumo de um governo baseado em ciência e nos clamores da população
"É um projeto de Brasil, com base em ideias, objetivos a serem traçados por especialistas e com a população brasileira e, acima de tudo, com pessoas de credibilidade, tanto das pessoas que se encontram no Podemos quanto das pessoas que ingressam ao partido. Então, temos uma sínteses desse projeto com a filiação do general Santos Cruz".
Santos Cruz e Moro saíram do governo Bolsonaro por razões semelhantes. Tanto o ex-juiz quanto o general da reserva alegam ter abandonado Bolsonaro por discordarem da forma como o presidente toca o país. Segundo Moro, o plano do governo era "atender objetivos pessoais do governante do momento".
"(Santos cruz) Compôs o atual governo tendo esperança de que poderia o governo dar certo e não teve nenhum receio de se retirar do governo quando percebeu que, na verdade, o plano do governo não era construir um país melhor, mas atender objetivos pessoais do governante do momento. Isso demonstra desprendimento, caráter e credibilidade. São essas pessoas com esse caráter que me fizeram vir para o Podemos e que, agora, nós queremos agregar ao Podemos em nosso projeto de país", disse Moro.