O adiamento das prévias do PSDB acentuou a rixa dentro do partido. Sobretudo com a possibilidade dos candidatos terem que decidir o rumo do pleito: se pelo adiamento ou pela realização nas próximas 48h. Para o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, a questão é delicada, haja vista a união entre os outros dois tucanos, João Doria e Arthur Virgílio, que disputam a vaga na corrida presidencial pela sigla com ele.
“Como está desigual, né? Está clara a associação deles os dois [Doria e Virgílio] aí fica dois contra um. Tem dois candidatos unidos e estão entre eles arranjados, isso está muito claro. Agora se tornou evidente o que já se percebia pelas manifestações públicas, pelos debates. Enfim, uma associação entre duas candidaturas uma servindo a outra. Então, não tem como fazer a resolução, um acerto que não seja por consenso”, disse o governador gaúcho pouco antes da reunião que definirá o rumo das prévias.
Leite defendeu neste domingo que a votação seja retomada e concluída em até 48 horas, com segurança e com a garantia de que as pessoas conseguirão votar.
"Fazer prévias nacionais, com tantas pessoas votando, serve para reduzir a possibilidade de denúncias. [...] Nós não queremos o adiamento de qualquer hora. Não queremos nem para o final de semana e menos ainda para fevereiro do ano que vem. Queremos a consolidação desse processo rapidamente, urgentemente aí nas próximas horas. Se tivéssemos prévias com urnas distribuídas, talvez tivéssemos diante de denúncias, de votações indevidas, de fraudes. A escolha do aplicativo foi para dar mais segurança. Logo o problema técnico será superado e a gente vai concluir esse processo", afirmou.
Sem consenso
A Executiva Nacional do PSDB está reunida, em Brasília, desde às 14h, com os três candidatos e a equipe técnica responsável pelo desenvolvimento do aplicativo. Em um pequeno intervalo, o senador José Aníbal (SP) afirmou que a reunião ainda está sem conclusão. “Não chegaram a conclusão nenhuma ainda. Apenas esclareceram sobre as falhas do aplicativo”, disse.