O webinar Brasil 2022: 200 anos de Independência começou com a participação do próprio anfitrião, general Eduardo Villas Bôas. As boas vindas foram lidas pela esposa do militar, Maria Aparecida Villas Bôas. Portador de Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), Villas Bôas está impedido de falar. No breve discurso, o militar criticou reportagens sobre desmatamento na Amazônia. Lembrou ainda que a data de ontem, Dia da Bandeira, era para saudar o símbolo nacional.
Após as palavras de abertura de Villas Bôas, o ex-ministro da Defesa Aldo Rebelo, também convidado para o seminário, realizou uma palestra. Segundo ele, o Brasil precisa manter uma política estratégica em relação à Amazônia. "O Brasil não abre mão da soberania à Amazônia, não abre mão do direito de desenvolvimento na Amazônia. O Brasil vai proteger as populações indígenas, o meio ambiente, as águas. Tudo isso vai ser feito de acordo com os interesses brasileiros", disse.
Rebelo abordou também temas sobre as relações brasileiras com países estrangeiros, como a China e Estados Unidos. "Não se pode tomar geopolítica na questão Estados Unidos e China. Se o chinês quer investir no Brasil, bom para o Brasil. Nós temos que ver o melhor para o Brasil. Nada de aliança unilateral. Precisamos manter o Brasil na melhor tradição diplomática do nosso país. Não vamos brigar com os americanos, mas também não vamos brigar com os chineses", disse.
O ex-ministro da Defesa falou ainda sobre melhorias necessárias para o Brasil voltar a crescer. Pediu união na resolução de grandes problemas nacionais. Citou a importância das reformas. Mas, segundo ele, para as pautas avançarem, o Brasil precisa criar um "estado de espírito com a volta do crescimento".
"O Brasil tem que se unir. Em uma fila para abastecer o carro, a fila é igual para todo mundo. O preço do feijão é igual para todo mundo. O risco de segurança é igual para todo mundo. Os problemas unem o Brasil, mas as soluções dividem", disse Rabelo. "O Brasil pode se unir em torno de grandes objetivos. Precisa remover os obstáculos ao crescimento. Falam sobre começar com as reformas. Mas, para conseguir aprovar reformas, é preciso criar um estado de espírito com a volta do crescimento", concluiu Rebelo. (RF)