No vácuo deixado pelo presidente Jair Bolsonaro na COP26, vários políticos foram até a Escócia marcar presença na maior vitrine mundial sobre meio ambiente. A partir de hoje, muitos deles estarão em Portugal, para participar do Fórum Jurídico de Lisboa, organizado pelo Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP), que tem como sócio mais conhecido o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
No ano passado, o evento ocorreu apenas de forma on-line por causa da pandemia do novo coronavírus. Mas, desta vez, o Fórum será realizado de forma híbrida. Até a pausa presencial por causa do surto, os encontros eram realizados no mês de abril.
Já estão confirmadas as presenças do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG); do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL); da ministra-chefe da Secretaria de Governo da Presidência da República, Flávia Arruda; do ex-presidente Michel Temer e do ex-advogado-geral da União André Mendonça — que foi indicado para uma vaga no STF em julho, mas, até agora, não foi sabatinado pelos senadores (sinalizações dadas recentemente indicam que o "teste" com os parlamentares apenas deve ser feito no ano que vem). A participação do atual advogado-geral da União, Bruno Bianco, também está garantida.
Entre os políticos que fazem oposição ao atual governo, a programação revela a participação do senador Jaques Wagner (PT-BA), que também foi à COP26, e dos ex-ministros Aldo Rebelo e Raul Jungmann Wagner, presente em outras edições.
Gilmar Mendes costuma convidar colegas da Suprema Corte para o Fórum de Lisboa. Estão previstos os ministros Dias Toffoli e Alexandre de Moraes. Além disso, participarão os ministros Luís Felipe Salomão e Antonio Carlos Ferreira, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), assim como Bruno Dantas, do Tribunal de Contas da União (TCU).
Esta é a 9ª edição do Fórum. Em outras ocasiões, participaram dos debates diversos representantes do universo político e jurídico do país, como o então ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro; e o então presidente da Câmara, Rodrigo Maia.
Ontem, Pacheco foi recebido pelo presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, no Palácio de Belém, em Lisboa. No encontro, eles trocaram impressões sobre a convergência existente entre os países irmãos e os desafios enfrentados pelas duas nações. A conversa versou ainda sobre a experiência vivenciada por Portugal, cujo crescimento econômico nos últimos anos levou a aumento na qualidade de vida dos portugueses — e, consequentemente, dos brasileiros que vivem naquele país. O parlamentar também fez uma explanação sobre os desafios do Brasil nos campos político e econômico. (Com Agência Senado)