Sabatina segue travada

O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), afirmou, ontem, que está "tudo parado", ao ser questionado sobre a sabatina do ex-advogado-geral da União André Mendonça para o Supremo Tribunal Federal (STF). O indicado do presidente Jair Bolsonaro espera há quase quatro meses pelo trâmite que deve aprovar ou rejeitar o nome dele para a Corte.

Alcolumbre deu a declaração a jornalistas antes de entrar em uma "sessão relâmpago" na CCJ, de 10 minutos, destinada à votação de emendas ao projeto da Lei Orçamentária Anual (PLOA). Os parlamentares não debateram as próximas sabatinas durante o encontro.

O senador vem sendo pressionado pelos seus pares para marcar a avaliação de Mendonça. Na semana passada, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), pediu um "esforço coletivo" para destravar indicações e outros assuntos pendentes na Casa.

Bolsonaro afirmou, ontem, que o "grande problema" travando a sabatina de Mendonça é ele, e não seu ex-ministro. "Sou eu, não é o André. Sou eu. Se eu for reeleito, vou botar mais dois com o perfil parecido com o André. Não quer dizer que seja evangélico. O compromisso com evangélico, eu estou pagando agora e me sinto muito bem", afirmou, em entrevista ao canal bolsonarista Jornal da Cidade Online.