Após o Supremo Tribunal Federal (STF) formar maioria pela manutenção da liminar que suspende as emendas de relator, conhecidas como "orçamento secreto", os parlamentares se movimentaram para comentar o resultado. Enquanto alguns apoiaram a decisão da Corte em vetar os repasses, os bolsonaristas veem uma interferência excessiva do Judiciário.
O líder da Oposição na Câmara dos Deputados, deputado federal Alessandro Molon (PSB-RJ), se manifestou sobre a decisão da Corte. “Representa uma importantíssima vitória da democracia, da República, da transparência e do bom uso do dinheiro público. Até agora, o governo vinha usando o orçamento secreto para formar maioria no parlamento e aprovar as suas propostas”, afirmou.
O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) comemorou a decisão dos ministros. “O STF honrou a Constituição e manteve a decisão da ministra Rosa. As emendas do relator são ilegais. O Orçamento Secreto foi suspenso. Parabéns para cada cidadão que se mobilizou”, disse.
A senadora Leila Barros (Cidadania-DF) criticou a falta de transparência das emendas de relator e afirmou que a manobra é usada como barganha no Congresso. “Os recursos se transformaram em moeda de troca no toma lá da cá promovido pelo governo para aprovar projetos no parlamento”, apontou.
Outro lado
Na outra ponta, o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), criticou o Supremo e afirmou que vê interferência. “Já fui relator do orçamento, sou autor da resolução 1/2016 que regulamenta a tramitação de todas as matérias orçamentária no congresso nacional.A decisão do STF sobre as emendas de relator é mais uma expressão do ativismo político do poder judiciário”, disse no Twitter.