ELEIÇÕES

Protagonismo nas eleições de 2022: após Pacheco, PSD quer Alckmin e Datena

O PSD já tem os três senadores de Minas Gerais e, agora, busca se consolidar, também, em São Paulo

A um ano das eleições, o PSD se movimenta para tentar se tornar um peso pesado na corrida eleitoral. Depois de anunciar a filiação do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (MG), que deve ser o candidato do partido à Presidência da República, a sigla negocia com dois quadros: o apresentador de televisão José Luiz Datena, para concorrer a uma vaga no Senado, e Geraldo Alckmin (PSDB), que mira o retorno ao governo de São Paulo.

O PSD já tem os três senadores de Minas Gerais e, agora, busca se consolidar, também, em São Paulo. "São os dois maiores colégios eleitorais. A ideia é maximizar o poder eleitoral da sigla. Alckmin é favorito ao governo de São Paulo e traz Pacheco, que, apesar de nem de longe ser favorito ao Planalto, é presidente do Senado, é um candidato novo e vai continuar no mandato de senador", afirmou o cientista político André Rosa. "É importante para o PSD manter a sigla forte para seguir no primeiro escalão e negociar cargos, seja quem for o presidente eleito. A barganha política fica muito mais cara quando você tem atores políticos mais consagrados, com maior apelo na opinião pública."

Saiba Mais

Fiel da balança

O cientista político Valdir Pucci também vai na linha de que o PSD pretende ser um dos "fiéis da balança no jogo político". Ele explicou que o interesse do presidente do partido, Gilberto Kassab, em conseguir quadros de renome é atrair candidaturas, também, para a Câmara dos Deputados. "Quando ele coloca candidatos populares, na verdade está fazendo uma movimentação interna para que esses nomes consigam levantar postulantes a deputado federal. A própria distribuição do fundo partidário e, depois, também do fundo eleitoral dependem da quantidade de votos dos eleitos para deputado federal", frisou.

Ao Correio, o senador Otto Alencar (BA), um dos caciques do PSD, elogiou os movimentos do partido, que vão na linha do "centro social". "São bons quadros para o partido consolidar ainda mais o seu centro social, de focar na educação, na saúde e na austeridade monetária e fiscal", ressaltou. "Datena, no aspecto social, é um candidato que tem essa afinidade e, principalmente, pelo seu trabalho correto e fidedigno. Alckmin é um grande quadro, foi governador em São Paulo e fez o estado crescer e se desenvolver", avaliou.