O presidente Jair Bolsonaro disse nesta terça-feira (23/11) esperar que o Senado aprove a PEC dos Precatórios até a semana que vem.
“Aprovou na Câmara, tivemos dificuldade. Os partidos de esquerda votaram contra, foram para o lado de que eu estava fazendo política. Eu não. Eu estou tentando salvar os caras. A inflação em gêneros alimentícios subiu muito e subiu porque por causa da política do ‘fique em casa, a economia a gente vê depois'”, alegou em entrevista à rádio Portal Correio, da Paraíba.
“[O texto] Está no Senado. Eu espero que aprove até a próxima semana, no máximo, para gente começar a pagar logo em dezembro esses R$ 400”, concluiu.
Pressionado pelo governo a aprovar a PEC dos Precatórios a tempo de o Auxílio Brasil de R$ 400 começar a ser pago em dezembro, o Senado reconhece a importância do benefício, mas segue resistente ao texto chancelado pela Câmara.
A PEC dos Precatórios, além de dar calote em dívidas judiciais, rompe a regra do teto de gastos, única âncora fiscal vigente. A PEC busca criar uma folga de quase R$ 100 bilhões para a gastança do governo. O valor fica muito acima dos R$ 50 bilhões necessários para que o Auxílio Brasil, programa que substitui o Bolsa Família, pague um benefício mensal de R$ 400 para 17 milhões de famílias no próximo ano, conforme prometido por Bolsonaro. Para analistas, o principal motivo da manobra contábil é eleitoreiro.
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