Daniel Ortega

General Heleno critica Lula após fala sobre Ortega: "Por que não te calas?"

Por meio das redes sociais, ministro do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI) escreveu que ex-presidente "debocha da inteligência da população e do regime democrático"

Ingrid Soares
postado em 23/11/2021 16:39
 (crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)
(crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)

O ministro do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI), General Augusto Heleno, criticou nesta terça-feira (23/11) a entrevista do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao El País. Por meio das redes sociais, o general escreveu que Lula “debocha da inteligência da população e do regime democrático”.

“Ex-presidente Lula, em entrevista ao El Pais, debocha da inteligência da população e do regime democrático. Omite o que ele fez de mal ao Brasil. Compara o ditador Ortega com Angela Merkel. VOTO popular o condenará, de vez, nas eleições de 2022”', escreveu. “Porque no te callas?”, emendou, em espanhol.

Lula comparou a permanência no poder do latino-americano Daniel Ortega, que instalou uma ditadura na Nicarágua, com a da primeira-ministra da Alemanha, Angela Merkel. Ortega, que está desde 2007 no poder, mandou prender sete de seus opositores antes que a população fosse às urnas, eliminando candidatos que pudessem ameaçar sua permanência no posto.

"Se o Daniel Ortega prendeu a oposição para não disputar a eleição como fizeram no Brasil contra mim, ele está totalmente errado", alegou, contudo, ao comentar que o intuito de sua prisão na Operação Lava-Jato era de que Jair Bolsonaro fosse eleito em 2018.

"Sabe, eu não posso ficar torcendo… Por que Angela Merkel pode ficar 16 anos no poder e Daniel Ortega não? Por que Felipe González (ex-presidente da Espanha) pôde ficar 14 anos aqui? Qual é a lógica?", questionou Lula aos jornalistas que o questionavam sobre a situação da Nicarágua e que rebateram o petista afirmando que Merkel não prendeu seus opositores.

Lula ainda justificou que o intuito de sua prisão na Operação Lava-Jato era o de que Jair Bolsonaro fosse eleito em 2018. "Eu não posso julgar o que aconteceu na Nicarágua. No Brasil, eu fui preso. No Brasil, eu era considerado o presidente da República eleito. Eu fui preso. Fiquei 580 dias na cadeia para que o Bolsonaro fosse eleito presidente da República. Eu não sei o que as pessoas fizeram para ser (sic) presas. Eu sei que eu não fiz nada”, concluiu o petista na entrevista.

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