Ainda sem saber o motivo que gerou a pane no aplicativo — e o fiasco — das prévias do PSDB, no último domingo, a Executiva Nacional do partido anunciou que o pleito será concluído até o próximo domingo (28/11). A definição foi tirada depois de uma reunião conjunta, ontem, na sede do partido, em Brasília, entre a direção da legenda com representantes das campanhas dos pré-candidatos — os governadores João Doria (SP) e Eduardo Leite (RS), e o ex-prefeito de Manaus Arthur Virgílio — e o corpo técnico responsável pelo desenvolvimento da plataforma.
Em nota, o partido afirma que aguarda manifestação da instituição contratada, a Fundação de Apoio à Universidade Federal do Rio Grande do Sul (FAURGS), para saber se as prévias têm condições deve continuar por meio do aplicativo desenvolvido por ela.
"Se até esta terça-feira ela (FAURGS) não oferecer garantias concretas de viabilidade e robustez da solução contratada, o PSDB adotará tecnologia privada para concluir o processo de prévias. Em qualquer alternativa, a integridade do processo eleitoral será rigorosamente observada", explicou nota do partido. Nos bastidores, ainda se discute a possibilidade de uma simulação de votação a partir das 12h de hoje.
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Por meio de sua assessoria, Doria apoiou as soluções anunciadas pelo presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo. "A democracia interna exige respeito aos filiados que se cadastraram para votar. Existem soluções para garantir as manifestações de todos os filiados que se inscreveram nas prévias. É preciso concluir o processo eleitoral de consulta interna. Qualquer alternativa que não seja a rápida conclusão da votação é um desrespeito à vontade da maioria partidária. É violentar as prévias. É negar a democracia", salientou.
Arthur Virgílio faz coro com Doria e apoia a possível troca de desenvolvedores do aplicativo. "A ideia é, então, essa empresa fazer um teste, às vistas das três campanhas. Saindo tudo acertadamente, a nova empresa entraria em ação, comprometendo-se em entregar o resultado total e final até domingo próximo. Entendo que o presidente Bruno Araújo agiu acertadamente, abrindo espaço para um plano B. É hora de agir e não postergar", afirmou.
Leite, porém, desmentiu que tenha negociado a possibilidade de contratação de terceirizada. "Eu não sabia que tinha nota. Não há nenhum consenso. A nota está equivocada. Não houve acordo de uma ferramenta que não se conhece. Não há tempo para avaliar as condições técnicas dessa nova ferramenta. Não sabemos nem se o que aconteceu, se houve ataque hacker. Eu esperava que hoje se resolvesse", discordou.
Araújo, no entanto, afirmou que negociou com o governador gaúcho antes de anunciar as soluções do pleito. "Tinha tido uma conversa com o governador do Rio Grande do Sul, e já estava autorizado. Tinham mais de oito pessoas presentes e estava conversado. Pode até ter havido uma mudança de posição, mas, obviamente, eu não sou nenhum leviano", reagiu.
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