ENEM 2021

‘Blitz’ do Enem monitora denúncias e fake news na internet

Grupo acompanha movimentação no primeiro dia do Enem 2021. Exame é marcado por debandada de 37 servidores do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep)

Luana Patriolino
postado em 21/11/2021 23:54
 (crédito:  Carlos Vieira/CB/D.A Press)
(crédito: Carlos Vieira/CB/D.A Press)

Para apurar denúncias de irregularidades e monitorar fake news, políticos e entidades ligados à educação formaram uma uma ‘blitz’ para acompanhar o movimento durante o primeiro dia de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2021.

O Enem tem sido alvo de críticas e desconfianças por parte de parlamentares e instituições. A debandada coletiva de servidores do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) — foram 37 pedidos de exoneração em protesto contra o presidente do órgão, Danilo Dupas — gerou um clima de insegurança em educadores e alunos a respeito da realização do exame.

O deputado federal Professor Israel (PV-DF) faz parte da Frente Parlamentar Mista da Educação que montou o grupo. “Evitar intercorrências mais graves durante a prova e para observar como a blogosfera bolsonarista tem agido para atacar a reputação dos servidores públicos do Inep”, destaca o deputado.

O parlamentar acionou a Justiça para pedir o imediato levantamento do sigilo. Professor Israel criticou a atuação do governo Bolsonaro na gestão do exame. “Extremamente preocupante. Me parece que há uma má vontade com o Enem, que é uma política pública de acesso ao estudante, de estudantes carentes ao ensino superior”, observou.

Além das polêmicas, esta edição do Enem também começou marcada por receber o menor número de inscrições dos últimos 14 anos, e também com a menor proporção de inscritos pretos, pardos, indígenas e pobres. Para Professor Israel, a situação é reflexo da política pouco inclusiva do presidente Bolsonaro. “O governo brasileiro não tem feito esforços o suficiente para garantir que o Enem seja uma porta de acesso às universidade, especialmente, às populações marginalizadas. Temos o enem mais branco, mais elitizado e mais desvinculado das escolas públicas”, afirma.

Junto à Frente Parlamentar, também integram a blitz os presidentes da Associação dos Servidores do Inep (Assinep), Alexandre Retamal; da União Nacional do Estudantes (UNE), Bruna Brelaz; e da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), Rozana Barroso.



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