O presidente Jair Bolsonaro criticou o passaporte vacinal e afirmou que a economia estaria muito pior se ele não fosse o presidente. Ele também comparou a pílula anticovid, desenvolvida recentemente pela farmacêutica Pfizer, aos medicamentos para tratamentos precoces amplamente defendidos por ele. As declarações foram feitas nesta sexta-feira (19/11), em sua live semanal.
"Imagina se aquela facada fosse fatal, quem estaria no meu lugar? não aqui fazendo live, ia se lixar pro povo. Como estaria o Brasil agora? Imagine um lockdown, tudo fechado, imagina [como estaria] hoje em dia. Teria o passaporte vacinal para o todo o Brasil ou não? Teria. Como que estaria o Brasil, as igrejas estariam fechadas? Estariam. Como estaria a economia? Uma desgraça. Não fechei um botequim sequer, estimulei o povo a trabalhar, a cuidar dos idosos e de quem tinha comorbidade. Infelizmente, os governadores e prefeitos tiveram carta branca do que fazer até aplicar vacina", criticou.
O chefe do Executivo ainda disse que não obrigará ninguém a se vacinar. "Até março do ano passado, não tinha vacina e fizemos aquilo que se acontece numa pandemia. Aí a lei delegou os governadores usar [o passaporte de vacinas]. [agora] Estão dizendo que eu obriguei [a se vacinar]. A vacina pra mim sempre foi e sempre será facultativa. A gente não pode obrigar as pessoas a fazerem certas coisas", afirmou.
"Comprimidinho"
Bolsonaro também abordou a forma como as vacinas estão sendo tratadas no mundo. Sendo ele, haveria um patrulhamento dos comentários sobre o imunizante. "Você sabe o que está acontecendo no mundo? Virou um tabu falar de vacina, falar bem, falar mal, falar de efeito colateral, falar se tem alguém morrendo ou não. Virou um tabu, derrubam a página", reclamou.
O presidente ainda comparou o novo comprimido desenvolvido pela Pfizer aos medicamentos de tratamento precoce amplamente defendidos por ele. "Agora, estão vendo a Pfizer lançando um comprimidinho, que no passado não podia falar em comprimido, que vai chegar ao povão por US$ 500, cerca de R$ 2700 reais. Este vai estar aprovado, ninguém vai reclamar, porque vão obrigar o poder público a comprar", frisou.
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