Precatórios

Líder do governo no Senado vai relatar PEC dos Precatórios

Senador Fernando Bezerra (MDB-PE) foi da tropa de choque do governo na CPI da Covid e tem atuado na articulação pela aprovação da proposta que deve garantir recursos ao Auxílio Brasil no valor de R$ 400

Israel Medeiros
postado em 10/11/2021 17:23 / atualizado em 10/11/2021 17:26
 (crédito: Jefferson Rudy/Agência Senado)
(crédito: Jefferson Rudy/Agência Senado)

O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE) foi confirmado, nesta quarta-feira (10/11) como o relator da PEC dos Precatórios — que está sendo chamada de PEC do calote pelos opositores à proposta. Bezerra, que foi da tropa de choque do governo na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da covid-19, disse esperar que o tema seja votado na Casa na semana do dia 23 de novembro.

“Nós temos que respeitar o tempo político no Senado Federal. Eu tenho muita confiança, assim como feito agora para a transformação do Bolsa Família no Auxílio Brasil, que já vai começar a ser pago a partir do dia 16 de novembro, certamente, assim que o Senado deliberar. Eu tenho expectativas de que será ou na semana do dia 23, 24 ou na semana do esforço concentrado. Nós chegaremos ao final de dezembro iniciando o pagamento com o valor revisto de R$ 400 para os beneficiários do Auxílio Brasil”, pontuou o parlamentar em coletiva nesta tarde.

Bezerra tem sido um dos principais articuladores pela proposta e esteve, inclusive, em uma reunião esta semana com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, para negociar, ao lado do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), a revogação da decisão da ministra Rosa Weber que suspendeu as chamadas emendas de relator.

A escolha do líder do governo é importante para conseguir votos favoráveis, pois, na Câmara, a PEC enfrentou fortes resistências e foi aprovada por uma margem apertada no primeiro turno. No segundo, a margem cresceu, mas a vitória de Lira e do governo foi decidida voto a voto. Enquanto representante do governo, a tendência é de que Bezerra faça o que for necessário para a matéria passar pelo Senado e garantir que Bolsonaro recupere alguma popularidade para 2022.

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