O Tribunal de Contas da União (TCU) solicitou abertura de investigação para apurar suspeitas da prática de rachadinha no gabinete do senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). O pedido foi do procurador Lucas Rocha Furtado, do Ministério Público, junto ao TCU.
A representação se baseia em reportagem publicada na semana passada pela revista "Veja", que entrevistou ex-funcionárias do gabinete de Alcolumbre e relataram terem sido obrigadas a devolver parte dos seus salários para o senador. Segundo a matéria, o ex-presidente do Senado Federal acumulou cerca de R$ 2 milhões com o esquema.
"Conforme noticiado, parte dos recursos recebidos pelos servidores contratados pelo parlamentar, que deveriam ser utilizados com a atividade parlamentar, foi utilizada para enriquecimento ilícito do Sr. Davi Alcolumbre rendendo cerca de R$ 2 milhões", escreveu o procurador nos autos.
"A se confirmarem as notícias jornalísticas no mundo dos fatos, o então parlamentar Sr. Davi Alcolumbre, estaria incorrendo em flagrante desvio de finalidade pública, utilizando-se indevida e injustificadamente de recursos públicos para enriquecimento próprio imoral e indevido, situação a demandar notoriamente a atuação do órgão de controle externo, no intuito de apurar eventual prejuízo ao erário", disse Furtado na representação.
O processo está sob relatoria do ministro Vital do Rêgo. O TCU deverá decidir se a representação cumpre os requisitos mínimos para justificar a abertura de investigação.
Procurada pelo Correio, a assessoria do senador Davi Alcolumbre disse que não vai se manifestar por enquanto.
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