O presidente Jair Bolsonaro relatou a apoiadores nesta quarta-feira (3/11) protestos aos quais foi alvo durante estadia na Itália. O chefe do Executivo apontou que foi chamado de "assassino" por um homem, que alegou que o avô morreu em decorrência da covid-19.
"Lá na Itália eu fui muito bem recebido lá. Mas teve uma passagem lá, um cara de 40 anos de idade chegou para mim no meio de um monte de gente: 'A história vai te condenar'. Por qual motivo? 'Você matou o meu avô'. Pô, cara, eu não sabia. Desculpa aqui. O que foi? Bala perdida? 'Não, covid'. Parece que só no Brasil que morreu gente", ironizou.
"Se ele tinha uns 40 anos de idade, o avô dele tem uns 80. Grupo de risco", justificou.
"Lá na beira do hotel, também, tinha duas pessoas gritando igual louco. Tinha mais de mil falando comigo, duas gritando feito louca. Falei: 'Quer conversar? Vem conversar'. 'Não, não quero ficar perto de você, fascista!'. Nós fomos à Itália em 1943 combater o fascismo", riu.
Bolsonaro voltou a repetir a tese de que o número de mortes por covid-19 no país pode ter sido inflado e, desta vez, citou um estudo que teria sido feito na Itália a respeito.
"Eu vou pegar um estudo deles, confirmar a veracidade. E eles têm lá dizendo quantos morreram com covid e de covid. Tem coisas que precisam ser discutidas, não pode discutir nada", acrescentou.
O presidente ainda criticou a participação da índia Txai Suruí, que discursou ontem na abertura da 26ª da Cúpula do Clima, a COP26, em Glasgow, na Escócia. "Levaram uma índia para substituir o Raoni e atacar o Brasil", disse o chefe do Executivo. O presidente decidiu não comparecer ao evento, que vai até 12 de novembro.
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