O presidente Jair Bolsonaro afirmou, nesta segunda-feira (1º/11), que está na dúvida entre três partidos para se filiar: PRB, PL e PP. A declaração foi feita a jornalistas em Anguillara Vêneta, na Itália. De acordo com Bolsonaro, "a cada dia um está à frente do outro na bolsa de apostas". Independente da escolha, disse que formará "o maior partido do Congresso".
"Tem três partidos que me querem. Eu fico muito feliz. São três namoradas, vamos assim dizer. Duas vão ficar chateadas. É o PRB, o PL e o PP. E cada dia um está na frente na bolsa de apostas. Eu tenho conversado com os parlamentares que virão para esse novo partido, são muitos, mais de 30 além dos 50 em média que cada um tem, será o maior partido do Congresso tão logo se abra a janela em março. Hoje em dia, por exemplo, agora, eu ia para o PL. Ontem, eu ia para o PP", apontou.
Bolsonaro disse que ainda não decidiu se disputará a reeleição e que a decisão deverá ocorrer em março. No entanto, o governo tem feito viagens pelo país com discursos que lembram uma campanha eleitoral. O foco do presidente é a conquista do eleitorado nordestino, que, em geral, ainda é fiel ao ex-presidente Lula, principal candidato para o pleito de 2022. Ele emendou que "o tempo está curto".
"Está curto porque você começa a fazer as negociações, os acordos para 2022 e eu tenho que decidir se vou ser candidato a 2022. A decisão vai ser em março. Mas até lá, para decidir sim ou não, eu tenho que ter um partido porque não pode ficar de última hora essa questão aí".
Segundo o chefe do Executivo, a expectativa é de que a escolha ocorra ainda nesta semana. "Eu queria que saísse hoje. Quem sabe essa semana não sai porque eu tenho que ver como as outras duas namoradas vão ficar. Não podem ficar muito chateadas comigo. Eu vou casar e vai ser com uma só", disse em referência a falas que repete constantemente, comparando a escolha de uma sigla a um casamento ou noivado.
No último dia 27, Bolsonaro disse que estava mais próximo do PP ou do PL.
Não faz muito tempo, o chefe do Executivo também flertava com o PTB de Roberto Jefferson, que modificou seu estatuto em alinhamento ao chefe do Executivo na expectativa de abrigá-lo. No meio de uma guerra fria para ver quem consegue ter Bolsonaro consigo, o ex-deputado criticou os demais candidatos e disse que o presidente e o filho, o senador Flávio, "se viciaram em dinheiro público". Segundo ele, o presidente "anda com os lobos" e se tornou um deles.
Mesmo a presidente em exercício do PTB, Graciela Nienov, afirmou que a sigla se sente "abandonada" pelo presidente.
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