Covid-19

Queiroga: governo doará vacinas contra covid-19 para países mais pobres

Adhanom afirmou que foi discutido o potencial do Brasil para a produção local de vacinas, com o objetivo de atender países da América Latina

Correio Braziliense
postado em 01/11/2021 05:54 / atualizado em 01/11/2021 05:55
 (crédito: Ed Alves/CB)
(crédito: Ed Alves/CB)

Crítico de medidas recomendadas pela OMS para conter a pandemia de covid-19, Bolsonaro divulgou nas redes sociais um vídeo da reunião com o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom. No Twitter, Adhanom afirmou que foi discutido o potencial do Brasil para a produção local de vacinas, com o objetivo de atender países da América Latina.


Mais cedo, em entrevista à CNN Brasil, após a reunião do G20, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que teve um encontro com líderes da cúpula e que eles se comprometeram com o fortalecimento dos sistemas de saúde de maneira geral, não só na pandemia, mas para enfrentar outras doenças sanitárias.“O Brasil certamente assumirá a sua posição de protagonista de um líder global e participará desta iniciativa para reforçar o acesso às vacinas no mundo”, disse.


Segundo Queiroga, o governo federal dará continuação a imunização em 2022 e todos os brasileiros acima de 12 anos serão contemplados. Devido a isso, o excedente poderá ser destinado à ampliação do acesso a doses em países pobres, tema que foi amplamente discutido pela cúpula do G20. “O Brasil pode participar, sim, (da doação de vacinas a países pobres). O país participa do Covax Facility e de iniciativas da OMS. Pelo Covax, investimos 150 milhões de doses e recebemos 10 milhões. Estamos trabalhando sob a orientação do presidente Bolsonaro, eu, o ministro (Paulo) Guedes e o ministro (Carlos) França, para participar mais ativamente dessas ações”, pontuou o chefe da pasta da Saúde.


A fala do ministro faz referência ao acordo Covax Facility, uma aliança internacional conduzida pela OMS, entre outras organizações, que tem o objetivo de acelerar o desenvolvimento e a produção de vacinas contra a covid-19 e garantir o acesso igualitário à imunização em todo o mundo. Mais de 150 países aderiram à iniciativa. A admissão do Brasil, que foi assinada em 25 de setembro de 2020, inclui o acesso a 42,5 milhões de doses.


Na última sexta-feira, em apelo às 20 maiores economias do mundo, o Covax Facility pediu, em uma carta aberta, o comprometimento para a garantia de acesso global equitativo aos imunizantes contra o novo coronavírus em todo o mundo. Segundo o documento, de 1,3 bilhão de doses prometidas pelos países mais ricos ao Covax, 150 milhões de unidades foram entregues. O Brasil aderiu à iniciativa e adquiriu 42,5 milhões de vacinas, mas só recebeu 13,8 milhões até o momento. (FS)

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