O ex-procurador-geral da República Geraldo Brindeiro morreu, nesta sexta-feira (29/10), aos 73 anos. O pernambucano ingressou no Ministério Público na década de 1970 e chegou ao posto de PGR em 1995, durante o governo Fernando Henrique Cardoso. No cargo, ele ficou durante oito anos.
Segundo a Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), Brindeiro morreu em razão da covid-19. "Colega de trato gentil e bastante leal, Geraldo Brindeiro foi, dentre outras coisas, responsável pela construção da sede atual da PGR, além de ter promovido diversos concursos de ingresso na carreira, ampliando em muito o MPF", disse o presidente da ANPR, Ubiratan Cazetta, pelas redes sociais.
Em um comunicado à imprensa, o Hospital Santa Lúcia (HSL) disse que Brindeiro estava sob os cuidados dos médicos Alberto Mendonça Pires Ferreira, coordenador da UTI do HSL, e Sérgio Murilo Domingues Junior, diretor executivo.
No comando do MPF em 1995, o ex-PGR tentou atuar com discrição para não repetir o antecessor Aristides Junqueira que havia se notabilizado por abrir as investigações e até denunciar o então presidente Fernando Collor ao Supremo Tribunal Federal (STF).
História
Geraldo Brindeiro nasceu no Recife no dia 29 de agosto de 1948 e, em 1970, formou-se em direito pela Faculdade de Direito do Recife. Em Brasília, fez pós-graduação na Universidade de Brasília (UnB), com especialidade em direito tributário na Constituição Federal e alteração do contrato de trabalho. Também era mestre e doutor em direito pela Universidade de Yale, nos Estados Unidos.
Em 1975, passou a integrar o Ministério Público Federal e foi promovido ao cargo de subprocurador geral da República no ano de 1989. Em 1995, foi nomeado por FHC para seu primeiro mandato na PGR. Ocupou o cargo de subprocurador-da República até morrer, sendo o mais antigo em exercício da função.
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