O senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) teria ficado com o salário de seis assessoras de seu gabinete, no esquema conhecido como rachadinha. Segundo reportagem da revista Veja, com o esquema, o ex-presidente do Senado Federal acumulou cerca de R$ 2 milhões. As funcionárias recebiam entre R$ 4 mil e R$ 14 mil, mas ficavam com parcela pequena da verba parlamentar, de acordo com a reportagem.
O modus operandi, diz a publicação, consistia em contratar mulheres com o objetivos de usá-las como como instrumento para as rachadinhas. Admitidas, as funcionárias-fantasma criavam conta em um banco e entregavam o cartão com a senha da instituição para um funcionário da confiança de Alcolumbre. Em troca, as mulheres recebiam quantia em dinheiro muito menor do que o assinalado em seus contratos.
De acordo com a apuração da Veja, uma das contratadas no esquema foi a diarista Marina Ramos Brito dos Santos. Ela afirma que, em troca da bonificação, ela não poderia contar a ninguém que trabalhava no Senado Federal.
“O senador me disse assim: ‘Eu te ajudo e você me ajuda’. Estava desempregada. Meu salário era mais de R$ 14 mil, mas topei receber apenas R$ 1.350. A única orientação era para que eu não dissesse para ninguém que tinha sido contratada no Senado”, disse na matéria.
Outras cinco supostas vítimas, Lilian, Erica, Larissa, Jessyca e Adriana, assim como Marina, moradoras da periferia do Distrito Federal, estavam desempregadas e, por isso, teriam aceitado participar do suposto esquema de corrupção no gabinete de Alcolumbre.
Defesa
Em nota, o atual presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) afirma que vem sendo alvo de uma campanha "difamatória sem precedentes". "Nunca, em hipótese alguma, em tempo algum, tratei, procurei, sugeri ou me envolvi nos fatos mencionados, que somente tomei conhecimento agora, por ocasião dessa reportagem", disse o parlamentar, antes de afirmar que tomará "providências necessárias para que as autoridades investiguem os fatos citados".
O senador disse ainda que as denúncias se tratam de "orquestração política" por conta de seus trabalhos na CCJ.
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