CPI DA COVID

Bolsonaro ironiza CPI: 'Tinha 11 crimes, passou para 9. Obrigado, CPI'

Mais cedo, presidente afirmou que relatório final aprovado pela CPI na terça-feira (26/10) é "palhaçada". Chefe do Executivo insinuou vingança por parte do relator Renan Calheiros (MDB-AL), porque governo apoiou Alcolumbre na disputa pela presidência do Senado em 2019

O presidente Jair Bolsonaro voltou a ironizar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da covid-19 nesta quarta-feira (27/10). No relatório final aprovado ontem, a comissão imputou ao chefe do Executivo nove crimes; inicialmente estavam previstos 11. 

"Você pega uma CPI no fim do mundo. Não se achou nada. Não apurou o Consórcio Nordeste, em que (o secretário-executivo) Carlos Garbas jogou para o espaço mais de R$ 40 milhões. Quando faz um relatório final, já tem 11 crimes, passou para 9. Obrigado, CPI, só 9 crimes. Tiraram extermínio de índios e 'genocida'", disse em entrevista ao programa Pânico, da Jovem Pan.

Mais cedo, Bolsonaro afirmou que o relatório final aprovado pela CPI ontem foi uma "palhaçada". O chefe do Executivo insinuou vingança por parte do relator da comissão, Renan Calheiros (MDB-AL), porque o governo apoiou Davi Alcolumbre na disputa pela presidência do Senado em 2019 e não ele.

"Quem tem um pouco de juízo sabe que foi uma palhaçada lá. CPI do Renan. Talvez para se vingar, porque o que decidiu a eleição do Alcolumbre, em 2019, foi quando meu filho (senador Flávio Bolsonaro) abriu o voto dele", disse em entrevista ao Jornal da Manhã  da TV Jovem Pan horas antes.

O presidente criticou a equipe que compõe a CPI e questionou a ação dos parlamentares durante a pandemia, apontando que "ficaram em casa, de férias". Em tom irônico, chamou os senadores de "pais da ética e da moralidade".

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