O ministro da Cidadania, João Roma, publicou a primeira peça publicitária de divulgação do Auxílio Brasil, o novo programa social do governo que pretende substituir o atual Bolsa Família por um programa mais robusto, com mais beneficiários e maiores parcelas. O ministro compartilhou o vídeo nas suas redes sociais neste domingo (24).
No vídeo, de apenas 30 segundos, não há qualquer detalhe sobre o valor das parcelas – que devem ser de pelo menos R$ 400, segundo o governo – mas o ministério afirma que este será “o maior programa de transferência de renda para aqueles que precisam de apoio e oportunidades”.
“O governo federal, por meio do Ministério da Cidadania, apresenta o Auxílio Brasil. O maior programa de transferência de renda para aqueles que precisam de apoio e oportunidades. Uma força necessária para transformar vidas e desenvolver o país. Auxílio Brasil. Para nossa gente transformar o país”, diz o roteiro do vídeo publicitário.
O vídeo contém também uma chamada para a página gov.br/auxiliobrasil, que contém maiores informações sobre o programa. Na página, há a explicação de que o programa é o “Braço social do Governo Federal” que “integra em um só programa várias políticas públicas de assistência social, saúde, educação, emprego e renda”.
O site também esclarece que terão direito famílias em situação de extrema pobreza e em situação de pobreza que possuem gestantes ou pessoas com até 21 anos de idade incompletos. A previsão, segundo o site do Ministério da Cidadania, é começar os pagamentos do novo programa em novembro.
Furo do teto
Os recursos para pagar o Auxílio Brasil ainda não estão definidos e a possibilidade de furar o teto para tentar viabilizar a reeleição de Bolsonaro foram o principal assunto da última semana. Isso porque o ministro da Economia, Paulo Guedes, que passou toda a sua gestão defendendo a integridade do teto, foi pressionado pelo governo a ceder.
Quando falou publicamente sobre uma "licença para gastar" fora do teto para bancar o Auxílio Braisil, foi surpreendido pelo pedido demissão de dois de seus principais secretários, Bruno Funchal, do Tesouro e Orçamento e o secretário do Tesouro Nacional, Jefferson Bittencourt. Com eles também foram embora a secretária especial adjunta do Tesouro e Orçamento, Gildenora Dantas, e o secretário-adjunto do Tesouro Nacional, Rafael Araujo.
A debandada deixou Guedes por um fio e o ministro chegou a pedir demissão, conforme mostrou o Blog do Vicente. Na sexta (22), no entanto, Bolsonaro foi até o ministério convencer o economista a ficar no comando da pasta e demonstrar apoio a ele. Neste domingo, os dois apareceram juntos novamente e falaram a favor da privatização da Petrobras e contra o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que é pré-candidato à Presidência.