O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta sexta-feira (22/10) que possui "confiança absoluta" no ministro da Economia, Paulo Guedes. O chefe do Executivo disse ainda que o governo não fará "nenhuma aventura" na economia e que respeitará o teto de gastos. A declaração ocorreu após uma reunião do presidente com o ministro no prédio do Ministério da Economia, e um dia após a debandada de quatro secretários de Guedes da equipe econômica em meio a atritos.
"Tenho confiança absoluta nele, ele entende as aflições que o governo passa. [Guedes] Assumiu em 2019, fez um brilhante trabalho, quando começou 2020, a pandemia, uma incógnita a para o mundo todo", elogiou.
Sobre o novo Auxílio Brasil, programa que substituirá o Bolsa Família, com valor de R$ 400, Bolsonaro disse ter preocupação fiscal. Porém, em nenhuma das medidas foi anunciada a fonte de recursos para custeio.
"Na economia, o Brasil é um do que menos estão sofrendo, inclusive prevê-se a possibilidade de crescermos 5% no corrente ano. Há uma massa de pessoas, os mais necessitados, são 16 milhões de pessoas no Bolsa Família, cujo o ticket médio está em R$ 192, e a gente vê esse valor como insuficiente para o mínimo. Assim sendo, com responsabilidade, vínhamos estudando há meses essa questão e chegou-se a um valor. Deixo claro, esse valor decidido por nós tem responsabilidade. Não faremos nenhuma aventura. Não queremos colocar em risco nada no tocante à economia", declarou.
O presidente também comentou um novo reajuste de preço no combustível e reforçou a intenção de um "auxílio diesel" a 750 mil caminhoneiros. "Sabemos que estamos na iminência de mais um reajuste do combustível. E quando vai para o diesel, sabemos que influencia diretamente na inflação. Caminhoneiros que transportam carga pelo Brasil merecem ter uma atenção da nossa parte. Foi decidido então um auxílio que custará menos de R$ 4 bilhões por ano, também previsto no orçamento", alegou.
Bolsonaro disse ainda que o Brasil não é o único país a passar por problemas coma alta de preços e agradeceu o Congresso pela aprovação da PEC dos precatórios.
"Quero agradecer ao parlamento, que tem feito com que as reformas caminhem, como ontem por exemplo, quando nós assistimos à aprovação com larga margem de votos a PEC dos precatórios. Entendemos que a economia está ajustada, não existe solavanco, não existe nenhum descompromisso da nossa parte, queremos o bem do Brasil e esse é o nosso objetivo", finalizou.
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