O presidente Jair Bolsonaro aproveitou passagem pela Paraíba nesta quinta-feira (21/10) para repetir críticas ao PT e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, seu maior oponente político. Durante discurso, o presidente alegou que o petista, caso seja eleito, escolherá para presidir o Senado Renan Calheiros (MDB-AL). Mas, também segundo o chefe do Executivo, "o Brasil sabe o que não quer".
Bolsonaro fez sinal de 9 dedos com as mãos em referência a Lula. ao discursar "Aquele cara vem dizendo que quer Renan Calheiros presidindo o Senado com a eleição dele para presidente da República. O povo brasileiro sabe o que passou ao longo desses 14 anos. O que foi um governo basicamente envolvido em corrupção do primeiro dia até o último dia de seus governos. Sabe o que não quer. Pegamos muitas obras inacabadas. Mas o PT realmente foi muito bom, acabou excelentes obras fora do Brasil com dinheiro nosso do BNDES", ironizou.
"Nós não queremos isso mais para o nosso Brasil. Nós queremos, seja quem for o presidente eleito no ano que vem, alguém que tenha mais do que o discurso, (que tenha) o comprometimento de levar esse país para frente", destacou. No meio da frase, ele foi aclamado ao som de "mito" por apoiadores que externaram apoio à reeleição do presidente.
Bolsonaro aproveitou para criticar novamente a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da covid-19 e alegou sofrer ataques.
"Vamos sair da crise. Sabemos que o ano que vem é o ano eleitoral. Aqueles que nunca fizeram nada pela nação apenas nos atacam. Mas estamos tranquilos e com a consciência em paz de que estamos fazendo o melhor. Como disse o senador (Fernando) Bezerra (MDB-PE), para que está servindo essa CPI instalada em Brasília? Não acharam um só vestígio de corrupção em nosso governo. Apenas atacam o tempo todo e, quem diria, Renan Calheiros pauta a imprensa brasileira. Um senador que nada fez sequer para seu estado de Alagoas, quem dirá para o Brasil".
Antes de sua fala, o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra, defendeu o presidente das acusações do relatório da CPI da Covid que apontam nove crimes do chefe do Executivo em meio à pandemia. Bezerra alegou que o documento merecerá “a lata do lixo da história política do Brasil”.
Renovação
Bolsonaro defendeu ainda a renovação do Congresso e do Supremo Tribunal Federal (STF) com as eleições de 2022.
"Não se esqueçam: quem porventura se eleger presidente no ano que vem, indicará no início de 2023 mais dois nomes para o STF. Nós temos como mudar essa nação. Nós, eu digo, eu e vocês. Nós todos estamos no mesmo barco, não é apenas um homem. Uma andorinha só não faz verão, mas todo verão começa com uma andorinha. Agradeço a Deus por esse momento. O nosso futuro a ele pertence. Só ele me tira dessa cadeira e o que for da vontade dele eu farei", afirmou.
Queiroga
Ele ainda defendeu o trabalho do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, apontando que "não é fácil ser ministro" e que há muita "coragem" de sua parte por ter aceito o convite.
"Imagine o ministro da Saúde, que assumiu ser ministro no meio de uma pandemia. É muita coragem por parte dele, é muita vontade de querer acertar. É o compromisso de pegar algo andando e buscar arrumar. O Queiroga pegou o ministério há poucos meses, pegou contratos em andamento, mas deu para todos os brasileiros, de forma voluntária, a vacina".
Por fim, disse que devem tomar as doses do imunizante aqueles que quiserem. "Nós demos a vacina para todos vocês, repito, de forma voluntária para todos vocês. Acima de tudo, eu respeito a liberdade, bem maior de uma nação. Destinando bilhões de recursos para o combate à covid, não teve nem um estado que tenha ficado para trás, independente de qual partido fosse o seu governador ou seu prefeito".
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