Antes do início da sessão desta terça-feira (19/10) da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da covid-19, o senador Humberto Costa (PT-CE) conversou com a imprensa e afirmou que o relatório precisa ser contundente, com solidez jurídica.
“O relatório tem que ser forte, devastador, mas ele precisa ser sólido juridicamente. Nós não podemos indiciar pessoas e apontar crimes se não há de fato consistência no que se está propondo. O que a gente não pode é apresentar um relatório em que o primeiro promotor de primeira instância olhe e diga: ‘Olha, isso não vale nada’”, apontou o senador.
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Após as polêmicas com o vazamento de minutas no texto do relator Renan Calheiros (MDB/AL), Costa revelou que uma reunião entre o G7 prevista para ontem não ocorreu por “falta de clima”.
No entanto, o petista disse que com o envio da minuta do relatório na noite de ontem, Calheiros deu um indicativo de que vai ouvir os colegas. Desta forma, pontos “mais fáceis” de se resolver, devem ser feitos antes da leitura do parecer e até a votação, os senadores indicarem supressões e adições ao relatório. Por fim, Humberto afirma que a CPI não pode deixar um ‘belo trabalho’ ser atrapalhado por vaidade.
“Eu acho que se nós, hoje, superarmos os pontos mais difíceis, se nós fizermos a leitura amanhã e nós discutirmos essas divergências, mas que podem ser resolvidos mais facilmente, estará resolvido. Eu diria que essa cpi, no momento em que ela chegou, com a credibilidade que ela conseguiu junto à população, com o fim que nós estamos tendo agora, se nós formos vítimas da vaidade de alguns ou algum tipo de outra razão para não chegar bem na reta final, é uma demonstração de incompetência abissal. Acho que tem gente experiente e competência suficiente para não jogar os bebês com a água do banho tudo fora”, concluiu.