O deputado estadual Fernando Cury (Cidadania-SP) foi notificado por importunação sexual. A Justiça de São Paulo determinou que ele fosse intimado em abril deste ano. No entanto, Cury foi localizado apenas nesta sexta-feira (15/10), após seis meses. O parlamentar foi afastado da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) por importunação sexual contra a deputada Isa Penna (Psol).
Cury foi denunciado pelo Ministério Público, em março. Para o procurador-geral Mario Luiz Sarrubbo, a conduta do deputado foi de "absoluto descaso para com a parlamentar vítima, sua condição de mulher, além de atingir a própria imagem da Casa Legislativa e de seus respeitáveis integrantes".
Pelas redes sociais, Isa Penna comemorou a notícia. “Eu sei que para algumas mulheres esse dia nunca chega, mas é uma eternidade dez meses após o ocorrido. Cury fugiu durante quatro meses da justiça, endereços desencontrados e e-mails não respondidos, até porque ele acha que não fez nada”, disse a deputada.
Em sua defesa, Fernando Cury alegou inocência. “Quem me conhece sabe que eu jamais teria a intenção de um contato sexual com a deputada Isa Penna. Eu reconheço que foi um gesto inadequado, mas não cometi nenhum crime”, afirmou pelas redes sociais.
O caso
Fernando Cury foi flagrado apalpando Isa Penna em sessão da Alesp em dezembro de 2020. As imagens internas da Alesp mostram o momento em que o parlamentar passa a mão na lateral dos seios da deputada, quando faz menção em abraçá-la pelas costas. Isa Penna registrou um boletim de ocorrência contra o deputado estadual por assédio sexual. Na época, o Conselho de Ética do Cidadania chegou a recomendar a expulsão de Cury.
Mesmo com o caso e a repercussão, o deputado ganhou um novo cargo. Em agosto, ele foi eleito membro do Conselho Estadual da Criança e do Adolescente do Estado (Condeca-SP). No entanto, doze dias depois ele foi impedido de ocupar a cadeira de membro no órgão, por determinação da do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP).
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