Prevent Senior

ANS define diretora técnica para Prevent Senior após denúncias na CPI

Atuação terá como objetivo realizar acompanhamento da operadora de plano de saúde, a partir desta quinta-feira (14/10), para traçar o diagnóstico da situação da empresa e identificar anormalidades que possam colocar em risco a vida de pacientes

A Agência Nacional de Saúde Suplementar nomeou Daniela Daniela Kinoshita Ota para atuar como diretora técnica na Prevent Senior. A partir desta quinta-feira (14/10), a diretora passa a realizar acompanhamento para traçar o diagnóstico da situação da empresa e identificar anormalidades que possam colocar em risco a assistência àqueles que se beneficiam dos serviços da operadora de planos de saúde.

A partir da análise da diretora, a Prevent Senior irá elaborar o Programa de Saneamento Assistencial (PSA) para definir ações, responsáveis e prazos para a realização das atividades. O regime de direção técnica se conclui com a apresentação de um relatório, quando completados 365 dias de gestão. Depois, o relatório é encaminhado para a ANS, que irá definir as medidas a serem adotadas.

“Vale ressaltar que não se trata de uma intervenção, pois a ANS não interfere na gestão da operadora, mas de um acompanhamento com análises permanentes de informações e definição de metas a serem cumpridas pela operadora. O processo de acompanhamento não altera em nada o serviço de atendimento aos beneficiários, que deverá ser mantido normalmente e em tempo oportuno”, afirmou a ANS.

Diretora

Daniela Ota integra o cadastro de profissionais aptos a exercer a função de diretor técnico da ANS desde 2013 e não possui vínculo com nenhuma operadora. É a 6ª vez que a profissional atua como diretora em uma operadora de plano de saúde.

Formada em fisioterapia e gestão em saúde, com MBA executivo em saúde na Fundação Getulio Vargas, fez cursos de auditoria em saúde também na FGV e é avaliadora da Organização Nacional de Acreditação (ONA) desde 2007, sendo responsável pela avaliação de instituições em todo o país.

Denúncias

A operadora de saúde entrou na mira da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da covid-19 após denúncias de que os médicos eram obrigados a receitar aos pacientes com covid-19 medicamentos sem eficácia comprovada contra a doença, como a hidroxicloroquina. Na maioria das vezes, as famílias não eram consultadas.

"Sou testemunha viva da política criminosa dessa corporação e de seus dirigentes", disse, na semana passada, em depoimento à CPI, Tadeu Frederico Andrade, ex-beneficiário da operadora de plano de saúde Prevent Senior, a quem ele acusa de "eliminar pacientes de alto custo".

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