A indicação de André Mendonça para o Supremo Tribunal Federal (STF) deve ser analisada nas próximas semanas, afirmou o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG). De acordo com o parlamentar, a realização da sabatina do ex-advogado-geral da União é fundamental “por se tratar de fato de uma prerrogativa do presidente da República e uma atribuição constitucional do Senado Federal de fazer a avaliação”.
Pacheco disse esperar a solução do impasse com o presidente da CCJ, Davi Alcolumbre (DEM-AP), por meio do diálogo e contando com a “compreensão recíproca de todos”, conforme afirmou em entrevista à Rádio CNN. “Eu acredito muito que o presidente da CCJ, senador Davi Alcolumbre, possa realizar na CCJ um esforço concentrado para as indicações que lá estão pendentes, assim como as demais comissões, e o Senado Federal, no plenário, também designar um esforço concentrado com a presença de todos os senadores para que haja votação secreta e individual dessas indicações, inclusive a indicação do ministro do Supremo”, acrescentou.
A recusa de Alcolumbre em marcar a sabatina tem causado desconforto dentro do Senado, com sinalizações de que pode haver uma paralisação das votações na Casa, caso o assunto não seja pautado em breve. Sobre o tema, Pacheco afirmou que o Brasil passa por “problemas gravíssimos” e que o Senado não pode sofrer uma paralisação como uma retaliação a um atraso da CCJ.
“O auxílio emergencial já está se esgotando sem que haja a concretização de um novo programa social no país, a elevação do preço dos combustíveis, há uma reforma tributária pendente”, listou o parlamentar. “Então, obviamente, nós não podemos paralisar a pauta do Senado por conta de um episódio dessa natureza.”