O pastor Silas Malafaia publicou um vídeo, no começo da tarde desta segunda-feira (11/10), no qual critica ministros do Palácio do Planalto que estariam atuando para brecar a sabatina do ex-advogado-geral da União, André Mendonça, no Senado Federal.
Durante o vídeo, o pastor cita que os ministros palacianos Fábio Faria (Comunicações), Flávia Arruda (Secretaria-Geral da Presidência) e Ciro Nogueira (Casa Civil) se reuniram em jantares e conversaram sobre formas de brecar a indicação de André Mendonça. Malafaia cita ainda que Ciro Nogueira esteve em um jantar com o relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da covid-19, Renan Calheiros (MDB-AL), um dos principais adversários políticos de Jair Bolsonaro (sem partido). O senador afirmou recentemente vai colocar o presidente e seus filhos na lista de indiciados no relatório final da CPI.
Citado, Fábio Faria ligou para o pastor, que desmentiu a presença nos jantares. A assessoria de imprensa da ministra Flávia Arruda também negou que ela tenha participado de reuniões com o intuito barrar a sabatina de André Mendonça.
Desde domingo (10), Malafaia vem dizendo que sua revelação seria um "arrasa quarteirão".
O pastor trabalha a favor da sabatina de Mendonça, e consequentemente, para a aprovação de um nome “terrivelmente evangélico” para o Supremo Tribunal Federal (STF). Ele explica, contudo, que não partiu dele, ou dos pastores, a indicação do ex-AGU, destacando que a solicitação de um nome com tais características foi do próprio Bolsonaro.
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“Nós não indicamos líderes. O presidente nos perguntou se ele era terrivelmente evangélico. A Folha de S. Paulo disse que Ciro Nogueira foi jantar com Renan Calheiros, o cara que quer derrubar Bolsonaro. Se o Ciro Nogueira é a favor da indicação de André Mendonça, convoque a imprensa. O senhor é obrigado vir a público dar uma satisfação”, disse”.
O pastor afirmou que os ministros palacianos, Flávia, Fábio e Ciro, por serem políticos, possuem a obrigação de emitir nota “em favor da indicação do presidente”. Caso não queiram apoiar o mandatário, ele deveriam ‘cair fora’.
“Isso é uma vergonha, minha gente! Onde nós vamos parar?! Não somos nós pastores que indicamos o André Mendonça, foi o presidente que pediu a indicação. Se o presidente quer indicar alguém terrivelmente católico, ele vai perguntar aos deputados e senadores, ele vai perguntar à imprensa, ou aos bispos? Isso é uma safadeza, é um preconceito e uma tremenda de uma safadeza contra o André Mendonça”, bradou.