O presidente Jair Bolsonaro afirmou, neste domingo (10/10), que caso o marco temporal, que diz respeito às demarcações de terras indígenas, passe no Supremo Tribunal Federal (STF), o agronegócio “vai levar uma paulada”.
"Para quê terra indígena? Marco temporal, se perdermos a guerra lá (no STF) o nosso agronegócio vai levar uma paulada. Vamos ter que demarcar uma nova região equivalente à localização geográfica do sudeste e o Brasil anulará metade do agronegócio. Vai faltar comida para nós, vai aumentar os preços, teremos uma crise enorme e essas pautas não são o máximo", afirmou a jornalistas no Guarujá, litoral paulista, onde o presidente passa o fim de semana.
Mourão de fora da COP 26
O chefe do Executivo havia sido questionado sobre o motivo de não deixar o vice-presidente Hamilton Mourão ir à Cúpula do Clima (COP 26), das Nações Unidas, que ocorrerá no começo de novembro. "O presidente sou eu. Quando ele for presidente, ele vai para lá. Eu não abro mão das minhas responsabilidades. Você gostou do meu discurso na ONU? Falei de tratamento precoce. Não vou fazer discurso broxa, de subserviência. Você não percebeu que eles querem a Amazônia?", disse.
Em mais um sinal de desprestígio ao vice, Bolsonaro escalou o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, para a tarefa.