Nome de destaque no DEM, o ministro do Trabalho e Previdência, Onyx Lorenzoni (RS), pediu que o União Brasil, partido a ser formado pela fusão de DEM e PSL, apoiasse a candidatura do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) à reeleição em 2022 ou que, ao menos, liberasse os filiados a apoiarem candidaturas de outros partidos que não a nova legenda.
Em três requerimentos apresentados à Executiva Nacional ,durante a convenção da manhã desta quarta-feira (6/10), Lorenzoni também pediu que os parlamentares tenham direito de voto nas decisões tomadas pela Executiva Nacional da nova legenda.
Ele foi o único a votar contra a união do PSL e DEM durante a convenção do DEM, que ocorreu simultaneamente à reunião do PSL. Mais tarde, quando os líderes de ambos os partidos já estavam reunidos, o deputado Luciano Bivar, que presidirá o novo partido, indeferiu os pedidos de Lorenzoni.
“Os três primeiros requerimentos devem ser indeferidos porque como finalidade antecipar uma discussão que será posteriormente tomada, quando o União Brasil se reunirá para deliberar sobre o assunto. Portanto, não faz sentido e é até contrário à legislação que será posteriormente tomada. Não faz sentido e é até contrário à legislação discutir agora apoio a políticos”, disse ele.
Lorenzoni é fiel escudeiro do governo e já passou por vários ministérios desde o início do governo. Atualmente, trabalha para se lançar candidato ao governo do estado do Rio Grande do Sul. Para conseguir apoio do eleitorado de Bolsonaro, no entanto, ele precisa apoiar o mandatário em sua árida jornada pela continuidade no Planalto.