O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quarta-feira (27/10) que, a princípio, não irá à 26ª Conferência das Nações Unidas para a Mudança do Clima (COP 26) por uma estratégia de governo. O mandatário ainda falou sobre combustíveis e inflação e afirmou que só irá falar sobre reeleição no próximo ano. As declarações foram concedidas presencialmente ao apresentador Sikêra Júnior, no programa Alerta Nacional, da TV A Crítica, do Amazonas, onde está desde ontem (26).
“Vou para o G20, mas a princípio não vou à COP [26]. É uma estratégia nossa. Mas o nosso ministro do meio ambiente vai”, disse. Bolsonaro ainda afirmou que os compromissos que foram feitos estão sendo cumpridos e criticou o deputado federal Rodrigo Maia (DEM-RJ). “Já reduzimos (os números da) Amazônia, e poderíamos ter reduzido mais, se o ex-presidente da Câmara não tivesse parado uma medida provisória nossa sobre regularização fundiária. Com essa MP, a gente saberia pelo CPF quem fez o foco de incêndio”, disse.
Bolsonaro questiona CPI
O presidente disse que ligou para um senador para perguntar sobre a CPI. “Liguei num senador aqui do Amazonas e perguntei: o que você ganha com isso? Qual o objetivo desse desgaste político? Não acharam um só vestígio de corrupção da minha parte. Estamos fazendo a coisa certa. Liguei para ele e perguntei o que você ganha com isso, destruindo a imagem do Brasil lá fora?”, disse o chefe do Executivo.
Rodada de entrevistas
Ao longo do dia, Bolsonaro falou em três emissoras diferentes e no final da tarde, por mais de 1h, o presidente conversou com Sikera Junior em rede nacional. Além dos temas citados acima, o mandatário aproveitou o espaço para fazer mais propaganda de governo. Apontou sobre entregas de obras, criticou a CPI, disse que faria o máximo para reduzir a inflação e ajustar os preços da Petrobras. Esta última, inclusive, afirmou estar em conversas com o ministro da Economia sobre privatização.
“A Petrobras é autônoma. Ela foi aparelhada por legislações que devem levar em conta o valor do dólar lá fora e aqui dentro. [...] Eu já falei com Paulo Guedes e vamos conversar sobre esse negócio (privatização)”, disse.
Apesar das declarações, Bolsonaro esquivou-se sobre a reeleição: “Quero falar de política a partir de março, porque se não, a gente complica”.
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