RORAIMA

Bolsonaro: gás, gasolina e alimento estão caros, mas ainda tem

"Existe muita gente melhor do que eu por aí, mas achar que esse cara nos roubou por mais de uma década é a solução, você vai chegar na igualdade. Eles não estão mentindo quando estão falando em distribuir. Eles vão distribuir a miséria, vão homogeneizar a fome", disse o presidente em referência a uma eventual eleição de Lula

Ingrid Soares
postado em 26/10/2021 21:13 / atualizado em 26/10/2021 21:14
Ao comentar sobre o novo Auxílio Brasil, o presidente negou que o governo queira
Ao comentar sobre o novo Auxílio Brasil, o presidente negou que o governo queira "desorganizar a economia". - (crédito: Reprodução / Facebook)

O presidente Jair Bolsonaro visitou nesta terça-feira (26/10) um acampamento de venezuelanos da Operação Acolhida, em Boa Vista, Roraima. Em live nas redes sociais, o chefe do Executivo falou sobre a alta dos preços no país e comparou Brasil com a Venezuela, citando desabastecimento e justificando que os insumos estão caros, "mas que tem ainda". 

"Reclamam de muita coisa no Brasil. Sim, tá caro. Tá o gás. Tá a gasolina cara, tá alimento caro. Mas tem ainda. Lá não tem mais. Isso que estamos vivendo no Brasil, dessas coisas caras, é consequência daquela política que eu não adotei: "fique em casa que a economia a gente vê depois"", disse.

Ao comentar sobre o novo Auxílio Brasil, o presidente negou que o governo queira "desorganizar a economia".

"A esquerdalha critica a gente. Estamos acertando o novo auxílio, um valor novo do programa Auxílio Brasil que agora é de R$ 400. Me criticaram bastante (dizem) que o povo tava passando necessidade. É verdade. Mostraram o caminhão de ossos, o pessoal lá agora. Quando apresenta os R$ 400, as mesmas pessoas que me criticaram, critica novamente dizendo mentiras, que quer furar teto, quer desorganizar a economia. Ninguém quer desorganizar nada", alegou.

Em referência ao PT, Bolsonaro disse que caso Lula seja reeleito em 2022, "a fome vai bater na porta de todo mundo" e que "a desgraça vem atrás do socialismo".

"Se fosse o outro lado aqui, estaríamos semelhante a Venezuela, teriam feito lockdown nacional, toque de recolher no país todo e nós não queremos isso".

Ele ressaltou que quem escolhe o caminho do país são os eleitores. "Não queremos isso para o Brasil, mas quem faz essa escolha é você. Você que faz essa escolha, se você quer ou não isso para o Brasil. É só ver de quem o Maduro é amigo aqui no Brasil para saber o que vai acontecer", alegou.

Cercado de venezuelanos em situação de vulnerabilidade, o presidente disse que estar no abrigo é o "paraíso" perto do que viveram no país de origem. "Para eles aqui, com todo respeito ao sofrimento, é quase estar no paraíso, perto do que eles estavam lá. Repito: nós não queremos isso para vocês, brasileiros. Se conscientizem, estudem. Temos problema no Brasil? Temos problema no Brasil. Mas tu acha que vai melhorar trazendo gente do Foro de São Paulo?".

Ele afirmou que caso o PT volte ao poder "distribuirá miséria e fome no Brasil". "Existe muita gente melhor do que eu por aí. Mas achar que esse cara nos roubou por mais de uma década é a solução, você vai chegar na igualdade. Eles não estão mentindo quando estão falando em distribuir. Eles vão distribuir a miséria, vão homogeneizar a fome, todos vão ser iguais no sofrimento, na miséria. É isso que estamos vendo aqui no abrigo".

"Não podemos brincar com o socialismo e achar que a solução é essa", emendou.

Por fim, disse que o país vencerá esse momento difícil, mas sem buscar "soluções fáceis". "O socialismo não vai dar certo. Esses crápulas que estão falando abobrinha já governaram o país por algum tempo. Roubaram até não poder mais. Se esse cara voltar ao poder, nós não temos para onde fugir aqui na América do Sul", concluiu.

Mais cedo, o chefe do Executivo visitou outro abrigo e filmou mulheres e crianças venezuelanas em situação de vulnerabilidade com o objetivo de “conseguir imagens” e mostrar a situação dos refugiados, em referência a um exemplo de onde o Brasil pode chegar caso o PT retorne ao poder no país nas próximas eleições.

 


 

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