O relator da CPI da Covid do Senado, Renan Calheiros (MDB-AL), voltou atrás, nesta terça-feira (26/10), da decisão de incluir Luiz Carlos Heinze (PP-RS) na lista de indiciados do relatório final das investigações, que será votado ainda hoje. O recuo ocorreu depois de Alessandro Vieira (Cidadania-SE) retirar o requerimento que apresentara horas antes pelo indiciamento do político gaúcho.
A inclusão do nome de Heinze no relatório final foi alvo de críticas da ala governista da CPI e do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), que divulgou uma nota sobre o assunto. "Nunca interferi e não interferirei nos trabalhos da CPI. Mas, pelo que percebo, considero o indiciamento do senador Heinze um excesso. Mas a decisão é da CPI", disse Pacheco.
Alessandro Vieira explicou que retirou o requerimento que pedia o indiciamento de Heinze por mérito e que "não se gasta vela boa com defunto ruim". Segundo ele, a decisão foi motivada por uma avaliação de que declarações de Heinze em defesa de medicamentos sem eficácia contra a covid-19 estavam abrangidas pela imunidade parlamentar.
Com a exclusão do nome do senador governista, o relatório final da CPI ficou com pedidos de indiciamento de 78 pessoas físicas e de duas empresas. No documento, o presidente Jair Bolsonaro é acusado de ter cometido nove crimes, entre os quais epidemia com resultado morte, charlatanismo e prevaricação.
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