A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da covid-19 aprovou, nesta terça-feira (26/10), um requerimento para enviar ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a fala do presidente Jair Bolsonaro que associou falsamente vacinas contra o novo coronavírus e Aids. A Comissão quer as declarações sejam incluídas no inquérito das fake news, que tem o chefe do Executivo como um dos investigados.
A comissão também aprovou o pedido de quebra do sigilo telemático de Bolsonaro. O objetivo é receber das redes sociais uma série de informações sobre o presidente, como, por exemplo, dados cadastrais, registros de conexão e cópia de conteúdo armazenado.
“O presidente é uma instituição, a Presidência é uma instituição. A Presidência não é cargo de buteco em que você fala o que quer, tomando cerveja e comendo churrasquinho. Presidente da República que se reporta ao povo brasileiro baseado em um estudo que não tem cabimento nenhum e fala uma coisa dessa quando estamos implorando para a população se vacinar?”, criticou o presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM).
O Facebook e o Instagram removeram a live em que Bolsonaro faz as afirmações falsas sobre vacinas e Aids. Na transmissão, ele citou uma fake news que diz que relatórios oficiais do Reino Unido teriam sugerido que as pessoas totalmente vacinadas estariam desenvolvendo a Síndrome de Imunodeficiência Adquirida (AIDS) "muito mais rápido do que o previsto". Em março de 2020, as duas plataformas tiraram do ar uma gravação em que o presidente aparece provocando aglomerações em Brasília.
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