BOLSONARO

Deputados protocolam notícia-crime contra Bolsonaro por associar vacina e Aids

Oposição na Câmara afirmou que pretende levar o pleito ao Tribunal Internacional, se for o caso. Presidente associou vacinas contra a covid-19 ao desenvolvimento de Aids durante live semanal na última quinta-feira (21/10)

Cristiane Noberto
postado em 25/10/2021 18:14 / atualizado em 25/10/2021 18:25
 (crédito: Reprodução/Youtube )
(crédito: Reprodução/Youtube )

Parlamentares de oposição protocolaram, nesta segunda-feira (25/10), uma notícia-crime no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) por associar vacina contra a covid-19 e Aids. As falas do mandatário foram proferidas na última quinta (21) durante sua live semanal.

Na denúncia, apresentada pela bancada do PSol na Câmara e assinada também pelo deputado Túlio Gadêlha (PDT-PE), eles acusam o chefe do Executivo de “violações ao Código Penal, infração de medida sanitária preventiva e perigo para a vida ou saúde de outrem, à Constituição Federal, princípio da moralidade, à Lei de Improbidade Administrativa e crime de responsabilidade”.

No Twitter, a líder do partido na Casa, Talíria Petrone (PSol-RJ), enfatizou que a notícia-crime tem a intenção de que a Suprema Corte reconheça a culpa de Bolsonaro “pela mentira que associa as vacinas contra Covid ao HIV/Aids. Esse genocida não pode sair impune de um absurdo como esse”, escreveu.

Gadêlha endossou as palavras daparlamentar: “Acabamos de protocolar uma notícia-crime contra Bolsonaro no STF pela fake news em que ele associou a vacinação contra Covid-19 ao vírus da Aids(HIV). Aqui ou em Haia, ele vai responder pelos crimes que cometeu”, afirmou na rede social.

Entenda o caso

Na última quinta-feira (21), Bolsonaro leu, na live semanal, duas notícias dos sites Stylo Urbano e Coletividade Evolutiva, que, baseados em inexistentes relatórios ‘oficiais’ do Reino Unido, afirmavam que pessoas com a imunização completa contra a covid-19 se tornavam mais vulneráveis à síndrome da imunodeficiência adquirida (Aids).

Após divulgar a informação, que é uma inverdade, o presidente disse que não iria ler a íntegra da notícia para não sofrer sanções das redes sociais. "Não vou ler para vocês aqui, porque posso ter problemas com a minha live. Não quero que 'caia' a live. Quero dar informações concretas", apontou.

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