O presidente do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) e ex-deputado, Roberto Jefferson, foi internado hoje (24/10), no hospital do complexo penitenciário do Rio de Janeiro. Ele teve complicações em seu estado de saúde, apresentou febre alta, taquicardia e pressão baixa. Sua defesa alega que a situação é grave, inclusive com risco de morte.
"É inequívoco a existência de grave risco de o requerente morrer, caso seja mantido no estabelecimento prisional, eis que a SEAP [Secretária de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro] já afirmou não possuir condições adequadas para manter a estabilização da sua saúde", diz um trecho do pedido direcionado ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Os advogados pediram ao ministro do STF, Alexandre de Moraes, a transferência do político, aliado de Jair Bolsonaro (Sem Partido) para o Hospital Samaritano, com uso da tornozeleira eletrônica. Ainda sem resposta, Moraes já havia se posicionado anteriormente de que "a prisão deve ser mantida para a garantia da ordem pública e o devido prosseguimento do processo".
É a segunda vez que Roberto Jefferson passa por complicações de saúde. Em setembro, ele foi internado com infecção urinária, dores na lombar e foi submetido a um cateterismo para desobstrução de uma artéria. Alexandre de Moraes determinou que o ex-deputado voltasse para prisão após alta, o que aconteceu no dia 14 desse mês.
Em publicação no Twitter, a filha de Roberto Jefferson, ex-deputada Christiane Brasil, manifestou preocupação pelo pai, que não poderia ficar em um “ambiente tóxico” por causa de sua frágil saúde. Ela fez um apelo ao ministro para que o deixe ir para casa, antes que “o pior possa acontecer”.
Outra pessoa que se manifestou pelas redes sociais foi a presidente interina do PTB, Graciela Nienov. "Muitos podem até não dar valor pela luta do Roberto Jefferson, preso por defender a nossa liberdade. O PTB segue firme nessa luta, todos estão de olho no abandono que ele está sofrendo. Será que é por acaso ou pensado?", escreveu.
A prisão de Roberto Jefferson foi decretada por Alexandre de Moraes, no dia 13 de agosto, por suposta participação em uma organização criminosa antidemocrática, que tinha a intenção de desestabilizar a democracia e divulgar mentiras sobre ministros do STF.
O presidente do PTB também foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por atacar as instituições e seus trabalhos, assim como incitar a violência contra senadores e ministros.
Na quinta-feira (21), cinco dos deputados federais do PTB pediram o afastamento de Jefferson e da direção nacional do partido por uso indevido do fundo partidário e ofensas ao Supremo.
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