O relator do programa Auxílio Brasil, deputado federal Marcelo Aro (PP/MG), abriu o verbo na noite desta terça-feira (19/10) ao falar sobre o desenho da Proposta de Emenda Constitucional dos Precatórios (PEC 23/2021), do relator e deputado Hugo Motta (Republicanos-PB). Aro acusou o governo federal de não se preocupar com recursos para o futuro do programa e alertou para o déficit que a medida irá causar aos cofres públicos.
“Tínhamos que aumentar até para R$ 500 o valor mínimo (do programa). (Mas) Para se ter ideia do que gera, algo que ninguém pode receber menos de R$ 400, gera déficit de R$ 85 bilhões. De onde vamos tirar esses 85 bilhões? (...) Virou a casa da mãe joana”, disse o relator do novo Bolsa Família. “Na minha opinião, esses R$ 50 bilhões temporais, não é saudável. Porque tem data para terminar e a data seria dezembro de 2022. Estaríamos discutindo uma política pública com data final”, completou, referindo-se aos R$50 bilhões em precatórios que a PEC sugere postergar para 2023.
A crítica foi feita após membros da equipe econômica afirmarem que o governo pretende aumentar o valor do benefício para R$400 — antes o auxílio seria de R$300. Para isso, seria necessário autorização de mais R$30 bilhões em recursos a serem usados fora do teto de gastos. Para Aro, o governo tenta usar o novo programa apenas para campanha eleitoral. “Isso não é política pública de estado, é uma política pública passageira, na minha opinião, que tem fins eleitoreiros e não de mudança da camada mais necessitada da população”, disse.
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