O relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da covid-19, Renan Calheiros (MDB-AL), afirmou em coletiva, antes do início da sessão desta terça-feira (19/10), que texto final será produto "do que quer a maioria" e garantiu que não houve vazamento do relatório, mas de minutas que estavam "prontas há meses".
Renan destacou também que a CPI colaborou com o avanço do calendário da vacinação. A comissão defende a tese de que o governo Bolsonaro colaborou com fake news para desencorajar a vacinação.
“O G7 é heterogêneo, até partidariamente, esteve junto e deve continuar junto. A CPI impactou a vida nacional e colaborou sobretudo com o calendário de vacinação. Quando instalamos a CPI em 27 de abril, apenas 6% da população brasileira tinha sido imunizada duas doses de vacina. Hoje, esse número chega a quase 50%. É óbvio que muito disso aconteceu em função do trabalho da CPI. Porque o presidente disse que não queria comprar vacina, disse que ia sentar no cheque, que vacina não tinha eficácia, que quem tomasse vacina ia virar jacaré. Quando a Pfizer ofertou a vacina, ele foi atrás da Precisa e do (dono da Precisa, Francisco) Maximiano, falou com o primeiro-ministro da Índia. Depois, recomendou o governo a conversar com a Davati, com o (Luiz Paulo) Dominghetti”, ressaltou.
Renan afirmou que os vazamentos das minutas do relatório não foram feitas por ele, mas teria esse direito, pois ‘não há nada que proíba o relator de expressar opinião sobre seu relatório’. O relator disse ainda que quer ouvir divergências do presidente da comissão, Omar Aziz (PSD/AM). Ele também disse que concorda com o vice-presidente da comissão, Randolfe Rodrigues (REDE/AP) sobre o indiciamento do ministro da Economia Paulo Guedes, no entanto, o assunto será debatido com os demais membros do G7.
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