STF

Moraes manda soltar blogueiro preso por incentivar atos antidemocráticos

Wellington Macedo estava preso desde 3 de setembro. Defesa alegou problemas de saúde e pediu prisão domiciliar

Luana Patriolino
postado em 15/10/2021 14:17
 (crédito: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
(crédito: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

O blogueiro bolsonarista Wellington Macedo, preso desde o dia 3 de setembro, foi solto na madrugada desta sexta-feira (15/10). A prisão domiciliar foi concedida pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Macedo está envolvido no inquérito que apura a realização de atos antidemocráticos e ataques às instituições.

Moraes entendeu que não havia mais justificativa para a prisão dele, já que as manifestações do dia 7 de Setembro já ocorreram. Por isso, determinou a transferência para prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica, além de outras restrições, como a proibição de participar em redes sociais, não se aproximar da Praça dos Três Poderes e não se comunicar com outros investigados.

A defesa do blogueiro chegou a argumentar que ele estava passando por problemas de saúde na prisão, além de transtornos psicológicos e dificuldade de se alimentar. O Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, pasta comandada pela ministra Damares Alves, ainda fez, no mês passado, uma inspeção para verificar as condições no Complexo Penitenciário da Papuda e recomendou o envio de Macedo para a prisão domiciliar.

Prisão

Blogueiro e jornalista, Wellington Macedo é coordenador da "Marcha da Família" e divulgou um vídeo convidando a população para o ato em Brasília. Segundo a investigação da Polícia Federal, ele estava incitando atos violentos e antidemocráticos no feriado da Independência. A prisão, solicitada por Alexandre de Moraes, atendeu a um pedido da subprocuradora Lindôra Araújo, da Procuradoria-Geral da República (PGR).

Na mesma ocasião, políticos, cantores, blogueiros e empresários estiveram na mira da PF, que também efetuou mandados de busca e apreensão. Entre os alvos, estiveram o cantor e ex-deputado Sérgio Reis e o deputado federal Otoni de Paula (PSC-RJ).

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