ELEIÇÕES 2022

"Se tiver que sair, só perto das eleições", diz Datena sobre suposta saída da Band

Apesar dos múltiplos cenários, ele confirma o desejo de concorrer à Presidência. "Por enquanto, sou candidato a presidente da República se o União Brasil não me abandonar. Se a política não me deixar de novo, eu serei candidato"

Ingrid Soares
postado em 14/10/2021 18:13 / atualizado em 14/10/2021 18:24
 (crédito: band/ reprodução )
(crédito: band/ reprodução )

O jornalista e apresentador José Luiz Datena negou nesta quinta-feira (14/10) que esteja de saída da Band para concorrer à Presidência em 2022. Apesar disso, disse que caso deixasse o canal para fins políticos, seria em último caso, três meses antes do pleito.

"Essa praga do fake news tem que acabar. Tem muita gente que não quer me ver aqui para eu não descer o cacete em todo mundo. Para dizer a verdade, eu não vou sair da Bandeirantes. Tenho convite para sair, se eu quiser. Não só a Bandeirantes, mas outras emissoras que gostam do meu trabalho. Falo o que tenho que falar, não guardo a língua na boca. Quero dizer que é mentira que vou sair da Bandeirantes para concorrer às eleições. Mesmo porque, se eu tiver que deixar a TV para concorrer, só em último caso mesmo num cargo executivo. Aí eu deixaria a TV perto das eleições como qualquer trabalhador brasileiro no prazo regulamentar", apontou durante seu programa de rádio, Datena no Manhã Bandeirantes.

Ele já foi cogitado candidato à Presidência em eleições anteriores, mas não levou à frente o pleito. Pré-candidato à Presidência da República, Datena já teve conversas ainda sobre a possibilidade de ser vice de Ciro Gomes (PDT) em 2022.

"Seus manés, quem espalha notícias falsas tinha que ir para o fundo da jaula. Seus canalhas, vagabundos, que são financiados por outros para espalhar mentira", bradou em tom incisivo.

"Claro que se for concorrer, paro 3 meses, se for candidato ao Senado, volto e mando o cacete em todo mundo de novo. Aí vou criar o programa "Fale com o Assessor e com o Senador", comigo e com o Agostinho [Teixeira, repórter do programa na Rádio bandeirantes]. Vou continuar descendo o cacete no Senado, na tribuna e na TV. Agora, se for cargo executivo, governo ou presidente, que é o que estou pleiteando agora, depende do partido. A última pesquisa que saiu eu estou com 11 pontos percentuais na frente do Ciro. Então preparem-se aí que vou atropelar vagabundo, bandido, ladrão".

Apesar dos múltiplos cenários, ele aponta o desejo de concorrer à Presidência. "Não vou sair da TV agora, só se for necessário para concorrer à Presidência, que hoje estou candidato à Presidência, mas posso sair ao governo, ou a senador. Por enquanto, sou candidato a presidente da República se o União Brasil não me abandonar. Se a política não me deixar de novo, eu serei candidato. Não sei se vai ter prévia nesse partido meu. Se tiver prévia, eu vou e vou ganhar dos caras. E se eu sair candidato à Presidência, se cuidem aí os polarizados, porque eu vou despolarizar essa bagaça aí, porque eu só tenho uma intenção ao entrar na política que é o interesse público", concluiu.

Rumores

Os rumores de sua saída da emissora vieram após uma declaração no dia 12, durante o Brasil Urgente, quando disse que pretende ser um 'bom brasileiro' e que entrará para a política com esse objetivo. Em julho, Datena se filiou ao ex-partido do presidente Jair Bolsonaro, o PSL, que está em processo de fusão com o DEM para a criação do União Brasil, maior partido do país.

No ar, ele citou o filósofo grego Platão e explicou que tem boa intenção para com o futuro do país. Apesar da sinalização, ele não deixou claro se seguirá candidato à Presidência, como vice de Ciro, governador de São Paulo, ou ainda senador.

"Platão, que foi um sábio, dizia: se você não entrar na política e não for um bom cidadão, com boa intenção – e meu único interesse em entrar na política é público, de ser um bom brasileiro – enquanto você não entrar na política, o mau político continuará lá e ele vai ocupar o lugar do bom político”, declarou na data.

Datena reforçou que a história na política não é recente, mas que tinha uma certa insegurança: "Um dia, um político importante disse que político não tem senso ridículo. O outro me disse que político não pode ter ética. Por essas frases e outras eu não entrei para a política até agora"

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