O presidente Jair Bolsonaro repetiu nesta quarta-feira (13/10) defesa à indicação de André Mendonça para a vaga do ministro Marco Aurélio Mello no Supremo Tribunal Federal (STF). Durante entrega de títulos de propriedades rurais em Miracatu (SP), Bolsonaro teceu elogios ao ex-advogado-geral da União e reforçou aceno a ala evangélica em indicar um ministro "terrivelmente evangélico".
"Se Eldorado (SP) tem um presidente, se Deus quiser, brevemente, Miracatu terá um ministro do STF. À família de Miracatu, à família de André Mendonça, meus cumprimentos por esse homem extremamente capaz e inteligente. E dentro dos meus compromissos, um evangélico para o STF", disse.
No último dia 10, Bolsonaro responsabilizou o presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado, senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), por travar a sabatina de Mendonça. "Davi Alcolumbre teve tudo o que foi possível por dois anos comigo e, de repente, ele não quer o André Mendonça".
"Quem pode não querer é o plenário do Senado, não ele [Alcolumbre].O que ele está fazendo não se faz, porque a indicação é minha", completou.
O chefe do Executivo ainda destacou na data que articulou a favor de Alcolumbre sempre que possível. "Eu ajudei nas eleições da Câmara, depois ele pediu apoio para eleger o [Rodrigo] Pacheco e eu ajudei. Se ele quiser indicar alguém, ele pode indicar dois se ele se candidatar a presidente ano que vem. No primeiro semestre de 2023 tem duas vagas, e ele [o presidente eleito] indica dois", alfinetou.
No dia 11, o pastor Silas Malafaia, aliado próximo do presidente, partiu para cima dos ministros Ciro Nogueira, da Casa Civil; Flávia Arruda, da Secretaria de Governo; e Fábio Faria, das Comunicações. O líder evangélico divulgou vídeo nas redes sociais no qual cobrou o trio ao fazer a defesa veemente de Mendonça ao Supremo. "É inacreditável que ministros de Bolsonaro, cujos gabinetes ficam no palácio do governo e são ministros políticos, são contra a indicação de André Mendonça para o STF", pontuou.
Já no dia 8, Bolsonaro afirmou que a indicação de André Mendonça ao Supremo era um "problema sério". Isso porque, segundo ele, "tem corrente" que não quer o ex-AGU no cargo. O presidente apontou que recebe "recado" de interessados na indicação da cadeira da Corte e que oferecem, em troca, favores ao governo, como a "resolução da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid".
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