O presidente Jair Bolsonaro voltou a ironizar, nesta segunda-feira (11/10), o protesto ocorrido contra ele durante discurso na 1ª Feira Brasileira do Nióbio, em Campinas, na semana passada. O chefe do Executivo disse hoje a um grupo de apoiadores, na praia do Guarujá, que pediu às manifestantes para que respondessem o resultado de contas matemáticas como sinal de inteligência e que, caso acertassem, ele deixaria a cerimônia. Após a manifestação, as mulheres foram retiradas do evento. "Não responderam, esse é o nível de pessoa que fala ‘Fora, Bolsonaro'”, alegou.
"Na sexta-feira (8), a imprensa publicou, teve uma rebelião [protesto contra o presidente] lá em Campinas. Três pessoas, mulheres, de uma média de 20 anos, estudantes: ‘Fora, Bolsonaro’. Sem problema, eu falei ‘saio agora daqui’ se vocês três me responderem quanto são 7x8. Ou se vocês me responderem qual é a raiz quadrada de 4. Eu saio agora! Não responderam, esse é o nível de pessoa que fala ‘Fora, Bolsonaro'", acrescentou.
"Contra as 600 mil mortes por covid-19 no Brasil. Corte de 92% no orçamento de Ciência e Tecnologia. Bolsonaro vetou o PL de seguridade menstrual. Osso e fome na mesa do povo brasileiro. Viva a universidade pública. Fora Bolsonaro!", bradaram. Ao que o presidente respondeu: "Não vamos nos rebaixar ao nível deles, não. Eu sairei daqui imediatamente se ela me responder quanto são 7 vezes 8. Raiz quadrada de quatro? Saio agora daqui".
Educação
Bolsonaro também foi questionado, nesta segunda-feira, sobre a necessidade de se melhorar a educação e rebateu que o Brasil é um dos países que têm pior posição no ranking mundial.
"Para o mundo que eu quero descer. O repórter perguntou se precisar melhorar a educação no Brasil? Vocês sabem o que é Pisa [Programa Internacional de Avaliação de Alunos]? Sabem a classificação do Brasil? O Brasil ficou em último no índice Pisa. Parabéns ao PT. A educação não pode piorar, já estamos em último lugar. Parabéns, Paulo Freire. Engraçado que o primeiro mundo não adota o método Paulo Freire", continuou.
Por fim, disse que em seu governo o setor está melhorando por conta da política contrária ao que chama de ideologia de gênero.
"Você acha que não tá melhorando? Vocês estão vendo em livro didático ideologia de gênero? A desconstrução da heteronormatividade, estão vendo? A educação é um transatlântico, não dá pra dar um cavalo de pau", concluiu.
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