O presidente Jair Bolsonaro voltou a desencorajar, nesta quinta-feira (7/10), a imunização contra a covid-19. Durante a cerimônia de modernização de normas de segurança e saúde no trabalho ocorrida no Palácio do Planalto, o chefe do Executivo alegou menor mortalidade entre o público de 20 anos e questionou: "Por que vacina?". A aplicação das doses evita casos mais graves do vírus e internações.
"Estamos pagando o preço da política 'fique em casa que a economia a gente vê depois'". "Eu talvez tenha sido o único chefe de Estado que fui contra essa política. Falei tínhamos que enfrentá-la. Ninguém vai ganhar a guerra dentro da toca", disse.
Bolsonaro perguntou ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, presente no evento, sobre a taxa de infecção do público jovem e justificou que poderia tratar-se, na verdade, de um "negócio" e que "o mundo inteiro vive na hipocrisia". Na faixa etária citada, são mais de 6 mil mortos pela doença.
"O número de pessoas que morre por covid abaixo de 20 anos, tá, hein, Queiroga, 99,999 alguma coisa não é isso Queiroga? Então por que vacina, meu Deus do céu? Será que é um negocio que estamos vendo em jogo no Brasil e no mundo? É um negócio que ninguém tem coragem de falar? Porque politicamente não é bom falar. Você perde voto, perde simpatia, vão te chamar de negacionista, de terra planista. Vivemos na hipocrisia. E quase o mundo todo vive na hipocrisia".
"O que é fake news? Fake news é aquilo que você contraria a imprensa ou que contraria o G7 da CPI. Isso é mentira. Se você falar qualquer coisa suspeita sobre vacina: 'Meu avó tomou a vacina e não passou bem'. Pronto, isso é fake news. Se botar na sua página, vai ser derrubada. Se bobear, tu vai para a cadeia", acrescentou.
Em mais uma indireta à CPI da covid, ironizou que "caso tivesse oferecido o ministério do Queiroga para um pessoalzinho de lá, estava tudo resolvido".
"Iam comprar vacinas sem certificação da Anvisa e sem licitação, afinal de contas, isso está documentado, emendas do Omar Aziz e Renildo Calheiros, o relator, aquele senador lá do Amapá. (fazendo sinal de saltitante). A verdade dói, pessoal. Todo vez que eu taco fogo num ninho de rato, o mundo cai na minha cabeça. Estavam acostumados a outras coisas".
Por fim, disse que "quando atacam o governo todos perdem. "Mexem no dólar, na bolsa, tudo fica mais caro. Sentar naquela cadeira e agir com honestidade é castigo. Mas vamos mudar. Estamos num aqueda de braço. Vamos mudar",concluiu.
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