O presidente Jair Bolsonaro participou, nesta quarta-feira (6/10), do evento de recepção de atletas olímpicos e paralímpicos que representaram o Brasil nos Jogos de Tóquio 2021. Durante discurso no Palácio do Planalto, o chefe do Executivo comparou a carreira atlética com a política e disse que o preparo de sucesso no atletismo começa anos antes, assim como quando um candidato pretende se reeleger. Porém, emendou que "depois dos quatro anos de mandato, você não precisa gastar dinheiro com campanha", pois já teve tempo suficiente para mostrar à população seus feitos, explicou.
"São anos de muito trabalho e dedicação. A gente pensa que o cara tá lá, apareceu na tela da TV e tudo começou ali. Não, começou lá atrás. Se não tiver dedicação, empenho, se não conseguirmos abstrair algo na nossa vida, a gente não consegue o sucesso. Isso serve para todas as fases da nossa vida. Até com parlamentar. Se quiser deixar para fazer campanha na última semana não vai chegar. A campanha se faz ao longo né, de muito tempo e, depois, ao longo dos 4 anos de mandato. Até eu costumo dizer que depois dos anos de mandato, você não precisa gastar dinheiro com campanha. A pessoa teve a oportunidade de aparecer para o público e assim é a vida do atleta", apontou.
O presidente contou ainda relatou sua carreira de atleta no Exército. "Não existe nada mais do que esporte para integrar e nós bem sabemos disso. Eu mesmo fui descoberto nos jogos do interior de São Paulo, no Ribeira, em Eldorado Paulista. Ali, eu apareci para o esporte do nada e acabei chegando para a seleção das Forças Armadas de pentatlo militar. Obviamente, aquele meu preparo, a minha disposição naquela época me fez uma pessoa mais propícia a dar voos mais altos. Jamais podia esperar que chegasse à presidência. Mas aconteceu e o esporte é isso daí", continuou.
Aos atletas paralímpicos, o chefe do Executivo afirmou que as olimpíadas propiciaram aos competidores que "aparecessem para o mundo de forma bastante sadia e brilhante. A gente se sente útil, a gente sente orgulho de ser um brasileiro".
Ele ainda tentou lembrar, entre os presentes, militares que seguiram carreira atlética e ironizou o deputado Hélio Lopes (PSL-RJ) quando ele se pronunciou ao longe.
"Tem uns militares ali... Você, não sei se tem cara de ter sido atleta...Você não tem cara de quem foi atleta não Hélio. Você tá meio gordo", riu.
Bolsonaro também elogiou o Secretário Especial de Esporte, Marcelo Magalhães o qual caracterizou como "uma descoberta" e um "diamante peneirado no governo".
Ao final, agradeceu aos atletas pelo esforço demonstrado. "Cada vez que lá do outro lado, entre aquelas três bandeiras do mundo subia uma verde e amarela, era uma vibração enorme aqui. Muito obrigada por esses momentos de satisfação e alegria que vocês proporcionaram a todos nós brasileiros".
Atletas presentes
Entre os atletas olímpicos, estavam presentes Thiago Braz, ouro nos Jogos Rio 2016 e bronze em Tóquio, no salto com vara; e Hebert Conceição, ouro no boxe na categoria até 75kg no Japão. O esporte paralímpico foi representado por diversos expoentes, como o velocista Petrúcio Ferreira, dono de cinco medalhas em Jogos Paralímpicos, duas delas conquistadas em Tóquio: ouro nos 100m da classe T47 e bronze nos 400m da mesma classe.
Também estiveram presentes diversos campeões paralímpicos, como Silvania Costa (ouro em Tóquio no salto em distância), Yeltsin Jacques (ouro em Tóquio nos 5.000m e 1.500m na classe T11), Maciel Santos (ouro no Rio 2016 e bronze em Tóquio, na bocha), Fernando Rufino (ouro em Tóquio na canoagem), Jovane Guissone (ouro em Londres 2012 e prata em Tóquio na esgrima), Cassio Reis (ouro em Londres 2012, Rio 2016 e Tóquio 2021 no futebol de 5) e Wendell Belarmino (ouro, prata e bronze em Tóquio na natação), entre outros.
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