“Espirrou, toma!”, dizia a denúncia de uma médica à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), enviada em abril deste ano. Os papéis foram expostos pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) durante a oitiva do diretor-presidente da agência, Paulo Roberto Rebello, nesta quarta-feira (6/10), à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da covid-19.
No texto, a denunciante pediu respostas à ANS sobre a obrigação de ofertar tratamento precoce aos pacientes. A agência, por sua vez, questionou sobre os tipos de medicamentos obrigatórios e a denúncia segue afirmativamente dizendo que havia obrigação de ofertar as medicações. “Havia, sim, uma imposição por parte da Prevent Senior para que prescrevesse determinados medicamentos (kit-covid) restringindo autonomia médica”, leu o senador.
Na denúncia, Randolfe trouxe diversas imagens de conversas por aplicativos nas quais os médicos falavam sobre o kit covid. Paulo Rebello, no entanto, afirmou que a agência só tomou conhecimento das denúncias no último dia 4 de outubro.
Mais cedo, o presidente da agência falou que a Prevent Senior era um exemplo positivo naquele instante, em razão da maneira como tratava os beneficiários. “Eles faziam a busca ativa desse paciente. Estavam vacinando todos os beneficiários da gripe, estavam fazendo telessaúde no processo inicial, e nós entendemos que as atitudes eram boas atitudes”, disse.
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