Indicado para assumir uma cadeira no Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-advogado-geral da União André Mendonça está otimista que será aprovado na sabatina no Senado. A convocação está empacada há quase três meses, e ainda não foi pautada pelo presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) no Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP). Ao Correio, Mendonça afirmou que, apesar do imbróglio, está confiante na aprovação.
Na saída do Simpósio da Cidadania Cristã, ocorrido nesta terça-feira (5/10), na Igreja Batista Central de Brasília, Mendonça disse que segue esperando a análise de seu nome. “O objetivo agora é aguardar a sabatina e no momento certo ela vai acontecer”, disse. Há expectativas que Alcolumbre coloque a convocação na pauta da comissão logo após o feriado.
Mendonça entra no meio da crise entre poderes. Quando questionado sobre o assunto, o ex-AGU afirmou que segue na esperança de dias melhores. "Eu acredito nas instituições e tenho certeza que o Brasil vai caminhar num projeto de harmonia entre todos os Poderes”.
Em discurso no evento, o indicado do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou que está de “coração aberto para servir o meu país e honrar o chamado que recebi desde a minha adolescência. Tenho os braços abertos não apenas para servir o meu país e trabalhar, mas para abraçar e perdoar mesmo aqueles que cometem injustiça. Tenho a mente aberta para aprender, para pensar. Tenho ouvidos abertos para ouvir com atenção a todos e abro a boca com muito senso de responsabilidade porque a palavra é o maior poder que nos foi dado”.
Mendonça recebe elogios
A ministra da Mulher e da Família, Damares Alves, apontou que Bolsonaro escolheu para o STF um "pastor de criança" que representará os pequenos na Corte.
"Bolsonaro escolheu para o STF um pastor de criança. Não tem representação hoje. Olha para o STF hoje, qual é o ministro do STF que fala de criança? Pois agora as crianças terão voz porque um pastor será ministro no STF. Compromisso do Bolsonaro com a pauta da infância", disse.
O bispo Alves também afirmou, em frente a Bolsonaro, que não há plano B em relação à indicação de Mendonça. "Falei para o presidente, o Concepab, os conselhos de pastores do Brasil, não tem plano B. O nosso plano é o plano A de André Mendonça".
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