A Polícia Federal pediu a quebra de sigilo de e-mails da Precisa Medicamentos, intermediária da venda da vacina indiana Covaxin ao Ministério da Saúde. A solicitação foi enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF) para aprofundar a investigação sobre suposta prevaricação do presidente Jair Bolsonaro.
A ministra Rosa Weber, relatora do inquérito, ainda não se manifestou sobre o assunto. A quebra solicitada pela Polícia Federal também atingiria e-mails e arquivos armazenados no sistema on-line Dropbox utilizado pela empresa para compartilhar documentos da vacina Covaxin com o Ministério da Saúde.
Em operação contra alvos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da covid-19, a Polícia Federal, o Ministério Público Federal e a Receita Federal realizaram mandados de busca e apreensão, nesta quinta-feira (30/9), na empresa Global Gestão em Saúde, investigada por um suposto esquema de corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo um contrato com a Petrobras feito em 2015, durante o governo Dilma Rousseff.
É a terceira busca relacionada a endereços do empresário Francisco Maximiano. O proprietário da Global e da Precisa Medicamentos está na condição de investigado da CPI por suspeita de corrupção em contrato que envolveu o Ministério da Saúde em tentativa de compra da vacina da Covaxin. As buscas foram iniciadas às 6h no prédio da Global e da Precisa. Os mandados de busca e apreensão foram autorizados pela Justiça Federal.